São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 1997
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Atropelada em ACM; Malandragem baiana; Malandragem tucana; Mandrakes de pena; Tocaia grande; Desgraça alheia; Troca petista; Depois da reforma...; Tempo perdido; História incompleta; Saindo da chuva; Versões conflitantes; Se a moda pega; Prejuízo evitado; Visita à Folha

Atropelada em ACM
Reflexo da crise FHC-ACM: o presidente fechou com o PSDB e Michel Temer (PMDB) o novo cronograma de votações do Congresso e a convocação extraordinária para 12 de janeiro. O pefelistas só souberam depois.

Malandragem baiana
Por iniciativa de Tasso Jereissati (CE), líderes tucanos se reuniram anteontem com ACM. O baiano disse que não quer impor derrota a FHC na questão do Imposto de Renda, mas não recuou um milímetro de sua posição.

Malandragem tucana
Enquanto os líderes se empenhavam ontem no improvável, que é fazer parecer que ninguém saiu derrotado na queda-de-braço do IR, FHC disfarçava: "O importante não é a vitória de A ou B, mas a vitória do Brasil".

Mandrakes de pena
Os tucanos admitem fazer alterações na MP do Imposto de Renda, mas em hipótese alguma cancelar o aumento, como quer ACM. Pode até não ser 10%, como está na medida. Mas, se for 9%, dizem, ACM já terá perdido.

Tocaia grande
Apesar do clima de já-ganhou, o Planalto não quer levar o confronto com ACM para o plenário. Mesmo que possa vencer, com o apoio do PMDB e de outros partidos aliados. Acha que o troco viria na primeira esquina.

Desgraça alheia
Avaliação de peemedebistas da crise FHC-ACM: não se trata mais de saber quem ganhou ou perdeu. Trata-se de saber qual o tamanho da vitória de ACM. O sapo, o presidente já engoliu.

Troca petista
Telma de Souza acelerou manobra para ser a candidata do PT ao governo de São Paulo. Desanimado, Antonio Palocci, presidente regional da sigla, dá sinais de que pode desistir e apoiá-la.

Depois da reforma...
O setor de reproduções da Câmara ficará fechado hoje: candidatos a vagas de operador de máquinas de xerox vão fazer a prova prática. Disputam (os candidatos a operador de xerox da Câmara) um salário inicial de R$ 1.850.

Tempo perdido
A vitória do governo na reforma administrativa mostrou que, se FHC tivesse se empenhado como na reeleição, já teria feito as reformas constitucionais. Mas caiu no discurso dos aliados, que venderam dificuldade o tempo todo para deixá-lo refém.

História incompleta
FHC disse ontem a tucanos que não ligara para Maluf durante a votação da reforma administrativa. "Ele é que me ligou". Só não explicou que foi o ministro Luiz Carlos Santos quem fez a ligação, a seu pedido, e depois passou o fone para o pepebista.

Saindo da chuva
Lula e Zé Dirceu manobram para adiar o lançamento da candidatura do primeiro à Presidência pelo PT, previsto para o final do ano. Avaliam que seria um erro deixar Lula desde já na alça de mira dos adversários.

Versões conflitantes
Pré-candidatos à Presidência, Lula (PT) e Requião (PMDB-PR) almoçaram em Brasília anteontem. O petista diz que discutiram a eleição ao governo paranaense. O peemedebista diz que o tema foi a sucessão presidencial.

Se a moda pega
Cenário traçado por Pedro Dallari (PSB-SP), ontem em seminário da Fundação Adenauer e Faculdades Cândido Mendes no Rio: em 98, um governador lança um laranja candidato e, durante a eleição, o substitui, assumindo a disputa da reeleição.

Prejuízo evitado
Paulo Renato (Educação) colocou sua tropa em campo e conseguiu evitar que sua pasta perdesse R$ 39 mi do Orçamento de 98 para emendas de parlamentares. Alguém vai chiar: o dinheiro terá de sair de outro ministério.

Visita à Folha
O governador de Roraima, Neudo Campos (PPB), visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado da primeira-dama, Suely Campos, do chefe da representação do governo de Roraima em São Paulo, Wilton Castro Cavalcante, e da assessora de imprensa Loredana Kotinski.

TIROTEIO
De Marcelo Deda (PT-SE), sobre a comemoração governista do fim da estabilidade do servidor público:
- A festa do governo está mais para uma dança de vampiros do que para a grito de vitória. Afinal, eles estavam pulando sobre a desgraça de aproximadamente 500 mil futuros desempregados.

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