São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 1997 |
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Para juiz, pena deverá trazer reflexão sobre o crime
DA AGÊNCIA FOLHA O juiz Joaquim Santana, da 7ª Vara Criminal de Teresina, disse que as duas vizinhas se xingavam, mas que optou pela condenação de Maria da Páscoa porque as ofensas dela à Rosa seriam mais graves.A seguir, os principais trechos da entrevista de Joaquim Santana à Agência Folha. * Folha - Como começou o desentendimento entre Maria e Rosa? Joaquim Santana - Elas são vizinhas de porta. O esgoto do bairro onde moram passa numa vala a céu aberto em frente às casas delas, que seriam geminadas. No momento de varrer o esgoto, ocorreriam os desentendimentos. Folha - Consta que as duas se xingavam. Como o sr. chegou ao veredicto? Santana - Na apuração dos fatos, a gente compreendeu que a Maria da Páscoa ofendia mais a Rosa que o oposto. Folha - Por que as orações? Santana - Em vez da pena prevista para difamação, que é de três meses de detenção mais multa, optei por uma pena alternativa, pois exercitando a religiosidade pelo salmo 39, Maria poderia refletir sobre o crime cometido. Texto Anterior: Salmo pede 'novo auxílio' Próximo Texto: Votação acaba em pancadaria em SP Índice |
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