São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 1997 |
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Faltam médicos em hospital
FABIO SCHIVARTCHE
Segundo o diretor do hospital, Carlos Roberto Vazzoler, seria preciso mais que o triplo do número de funcionários para atender esses bebês de alto risco. Hoje, há apenas quatro auxiliares de enfermagem por período para a UTI neonatal e a unidade semi-intensiva (com oito leitos, no total). Há também dois médicos neonatologistas por plantão. "Como damos prioridade ao atendimento de bebês de risco, às vezes temos de deslocar funcionários de outras áreas, que ficam desguarnecidas", afirma o diretor. Segundo Vazzoler, além da localização do hospital (na periferia da cidade) ser de difícil acesso aos médicos, outra dificuldade para manter o quadro de funcionários completo é a baixa remuneração na rede estadual. Um auxiliar de enfermagem, que ganha cerca de R$ 450 por mês na rede privada, recebe apenas R$ 300 na rede estadual, para um plantão de 12 horas trabalhadas por 36 horas de descanso. O hospital de Guaianazes está com a situação agravada desde a semana passada, quando houve a interdição parcial das atividades do hospital municipal Tide Setúbal -por causa de infecção no berçário. O número de partos realizados, por exemplo, dobrou (passou para 20 diários). "Nossa capacidade de atendimento está quase no limite, o que aumenta o risco de infecções hospitalares", diz Vazzoler. (FS) Texto Anterior: Como ocorrem as infecções hospitalares Próximo Texto: Mãe diz que demorou 2 dias para saber de infecção Índice |
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