São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 1997
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Risco no Campo Limpo é 'grande'

LUCIA MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

O Hospital do Campo Limpo (zona sul de SP), recordista em número de partos da rede municipal, vive uma situação "preocupante e com riscos muito grandes de surtos de infecção".
A afirmação é do próprio diretor clínico do hospital, Marcelo Moock. "A demanda ultrapassa a nossa capacidade, e é muito difícil encaminhar os pacientes", diz.
O hospital atende uma população de cerca de 850 mil pessoas da região e realiza cerca de 600 partos por mês. O berçário está lotado. Há 32 leitos na ala patológica (para internação de recém-nascidos) e 5 vagas na UTI neonatal. Ontem, no hospital, havia 50 bebês internados na ala patológica e 7 na UTI.
"Nos últimos dez dias, a demanda cresceu muito. Estamos além de nossa capacidade", afirma Moock.
Segundo o diretor clínico, não há registro de nenhum surto de infecção no hospital. Ele afirma que a comissão de infecção está atenta. "Estamos dando atenção especial para isso. Isolamos os bebês em situação mais grave e checamos se todos os procedimentos de higiene estão sendo feitos corretamente."
A superlotação tem obrigado o hospital a tomar medidas de emergência. Moock diz que, na semana passada, foi obrigado a alugar equipamentos respiratórios por causa do excesso de crianças com problemas de respiração.
Moock afirma que, nesta semana, começou a fazer contato com hospitais vizinhos "pedindo ajuda". Ele quer que os hospitais parem de encaminhar tantos pacientes para o Campo Limpo e comecem a aceitar casos enviados por ele.
(LM)

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