São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 1997
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Estrangeiros entram com "pedágio"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O CMN (Conselho Monetário Nacional) autorizou ontem três instituições estrangeiras a operar no país. O Banco Central receberá um "pedágio" de R$ 22,5 milhões, somando a contribuição dos três grupos em troca da aprovação de seus pedidos para atuar no país.
O "pedágio" é a compra de bens e créditos de bancos quebrados em processo de liquidação pelo Banco Central. As autorizações do CMN ainda devem ser avalizadas pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, por meio de decreto.
O Credit Suisse First Boston foi autorizado a constituir no Brasil um banco múltiplo. A sede será em São Paulo e terá um capital de R$ 120 milhões. O banco suíço vai pagar R$ 10 milhões de "pedágio".
Essa é a segunda vez que o Credit Suisse recebe autorização para ingressar no Brasil.
Em 11 de setembro último, foi revogado decreto presidencial reconhecendo de interesse nacional a participação da instituição no país.
O BC entendeu que o Credit Suisse não mostrou interesse em pagar R$ 14 milhões de "pedágio" para obter a autorização. O valor do "pedágio" teve uma redução de R$ 4 milhões.
O grupo inglês Fleming poderá adquirir até 100% do capital do banco e da corretora Graphus S/A, com sede no Rio de Janeiro. Vai pagar R$ 7,5 milhões de "pedágio". Segundo o diretor de Normas do BC, Sérgio Darcy, o pedido do grupo inglês estava sendo estudado pelo BC desde o início do mês de outubro.
O grupo Fleming tem sede em Londres e mantém escritórios em 41 países. O seu capital é de US$ 1,5 bilhão, segundo o BC. Atua no Brasil desde 1995 e hoje é o maior investidor em títulos brasileiros.
A Caterpillar Financial Services Corporation (com sede nos EUA) teve aprovado seu pedido para constituir uma empresa de leasing.
A Caterpillar atua no Brasil desde 1954 e está entre as 20 maiores exportadoras privadas brasileiras. O "pedágio" foi de R$ 5 milhões.

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