São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 1997
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Kuerten vende melhor do que 'top ten', segundo empresário

FERNANDA PAPA
DA REPORTAGEM LOCAL

O tenista brasileiro Gustavo Kuerten, 21, transformou-se em um dos melhores negócios da Advantage International, uma das maiores empresas de marketing esportivo do mundo, desde que venceu o Aberto da França, em Roland Garros, em junho.
Segundo Tom Jorge, 45, vice-presidente da Advantage, a empresa levou dez anos para obter com o norte-americano de origem chinesa Michael Chang, na Ásia, o retorno financeiro que Kuerten deu, em cinco meses, no Brasil.
"Associar Chang a mais do que uma marca parecia demais para os conservadores empresários asiáticos. O Gustavo tem um perfil muito mais aberto para endossar diferentes produtos do que o Michael", afirmou Jorge.
Sem revelar números, ele também diz que os contratos de Kuerten são melhores do que de tenistas mais bem colocados no ranking mundial.
"Representamos Richard Krajicek (11º na ATP e ex-campeão de Wimbledon), na Holanda, e Jonas Bjorkman (, 4º do ranking), na Suécia. Eles não ganham 'quase nada' perto do Gustavo, porque o mercado de seus países não está tão aberto a novas estrelas do esporte como no Brasil", diz Jorge.
Em 1997, Kuerten faturou, só com premiações de torneios oficiais, US$ 1,58 milhão. Em torneios-exibição, como o que disputa nesta semana, em São Paulo, serão US$ 200 mil, caso vença. Pete Sampras, o número um do mundo, acumulou US$ 6,49 milhões.
"Mas o tênis nos EUA está atrás de outros esportes. Fora o contrato de tênis e roupas, Sampras também ganha menos que Gustavo em outros negócios", afirma.
Uma pessoa ligada ao circuito, e que não quis se identificar, disse que tenistas do nível de Sampras costumam assinar contratos em torno dos US$ 3 milhões.

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