São Paulo, sábado, 29 de novembro de 1997 |
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'Errantes' de eliminatória lutam por 98 Austrália domina repescagens RODRIGO BUENO
Os australianos, quase soberanos nas competições na Oceania, são expertos em repescagens. Devido à fragilidade dos times, o continente não teve, ao longo da história, muita representatividade para a Fifa, tanto que não possui vaga garantida até hoje em Mundiais. Os vencedores das eliminatórias na Oceania decidem contra equipes de outros continentes (tradicionalmente fora de sua região) a participação em Copas. Nas eliminatórias para o Mundial dos EUA, em 94, a Austrália foi eliminada em Buenos Aires, pela Argentina, ao ser derrotada por 1 a 0, gol de Batistuta. Em 90, perdeu a vaga no Mundial após empatar com Israel. Se vencesse, decidiria com a Colômbia. Em 86, caiu em uma repescagem contra Escócia. Em 78, foi superada pelo Irã, o rival de hoje. A Austrália conseguiu participar da Copa de 74, na Alemanha, após conseguir vencer a Coréia do Sul, por 1 a 0, em Hong Kong. Nas eliminatórias para a Copa de 70, a equipe perdeu a vaga para a seleção de Israel. A Nova Zelândia é outro país que representou a Oceania em repescagens. A equipe foi à Copa de 82, na Espanha, após ter conseguido bater a China, em Cingapura. Decisão Para a partida de hoje, o favoritismo está todo do lado australiano. Não só porque cerca de 90 mil pessoas deverão lotar o "Melbourne Cricket Ground", mas também porque um empate sem gols classifica a equipe local. Essa vantagem foi obtida após o empate de 1 a 1, conquistado no sábado passado, em Teerã, contra o adversário de hoje. Pelo regulamento, se houver empate em pontos e em saldo de gols na disputa, vai à Copa quem marcar mais gols na casa do adversário. O técnico da Austrália, o inglês Terry Venables, disse que seu time irá atuar ofensivamente apesar de ser beneficiado com o 0 a 0. "Eles são rápidos, mas nós temos mais técnica e partimos com vantagem. Não podemos permitir que eles tenham a iniciativa, nem que nos surpreendam", disse. No Irã, a grande novidade é o retorno do meia Bagheri, capitão e um dos principais jogadores da equipe, que não pôde atuar no jogo de ida por estar suspenso. O técnico brasileiro "Badu" Vieira aposta no preparo físico de seu time para ganhar a partida. "Meus jogadores estão em boa forma e mentalizados para enfrentar a pressão que pesa sobre eles", disse Badu. O Irã já deixou escapar duas chances de se classificar para o Mundial. Primeiro, ficou em segundo lugar no Grupo A da fase final das eliminatórias asiáticas. Depois, perdeu o jogo extra que fez com o Japão, na Malásia. Com agências internacionais Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: Oscar afirma, após recorde, que atingiu o limite do 'impossível' Índice |
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