São Paulo, sábado, 29 de novembro de 1997 |
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Taschen lança novos livros em português
LEONARDO CRUZ
Segundo o diretor internacional de vendas da editora, Karl-Heinz Petzler, a Taschen aposta no crescimento obtido neste ano com suas vendas no Brasil, que, segundo ele, subiram cerca de 50% em relação ao ano passado. Esse relativo sucesso comercial no país deve-se principalmente à redução dos preços da série de livros básicos da editora. É a linha popular, vendida nas livrarias por R$ 14,90, que traz dezenas de títulos em português sobre pintores famosos como Dalí, Van Gogh e Gauguin. "A série básica é responsável por dois terços de nossas vendas no Brasil neste ano", diz o alemão Petzler. Dentro dessa linha popular, a editora lançará, nos próximos dias, um volume sobre o expressionista Edvard Munch, famoso por pintar "O Grito". No ano que vem, um dos principais lançamentos da coleção é uma obra sobre a pintora portuguesa Vieira da Silva, programada para maio. Apesar do interesse pelo Brasil, a Taschen ainda não prevê nenhum lançamento de artistas brasileiros em suas coleções. "Conhecemos pouco sobre arte brasileira e ainda não sabemos quais artistas poderiam ser tema para um livro", diz Petzler. "Mas quem tiver algum projeto desse tipo, que entre em contato conosco e estudaremos a possibilidade", completa. Arquitetura e erotismo Além dos livros sobre artes plásticas, a Taschen publicará em português obras sobre outros temas, como arquitetura e erotismo. Ainda em dezembro deste ano, chegam às livrarias os primeiros títulos da coleção sobre arquitetura mundial. São três volumes, um sobre o Império Romano, outro sobre o Islã e um terceiro sobre urbanismo nos anos 90. Em maio de 98, será a vez de obras sobre as arquiteturas egípcia e maia. Na linha erótica, os principais lançamentos em português são "Eros", uma coletânea com 120 fotos em preto-e-branco, prevista para abril, e uma coletânea com cerca de 800 páginas sobre o nu masculino, programada para maio. Para o diretor da Taschen, as obras eróticas da editora não fogem da filosofia de publicação de livros de arte. "Nós consideramos que o erotismo também é uma forma de arte. Essa noção de arte restrita, só relacionada às artes plásticas, não existe na filosofia da Taschen", afirma. A editora prepara, também para maio, o livro "História da Fotografia no Século 20", o principal lançamento em português nessa área, além de anunciar a criação da série "Grandes Fotógrafos Mundiais", cujo primeiro volume, sobre Henri Cartier-Bresson, deverá sair em inglês e alemão em 98. "Temos vários fotógrafos em mente para esta coleção. Um deles é o brasileiro Sebastião Salgado, mas ainda não fizemos nenhum contato formal com ele. O projeto está apenas no começo", conta Petzler. Além de tudo isso, o catálogo 98 da editora ainda prevê o lançamento de produtos derivados, como agendas e calendários com obras de pintores e fotógrafos. Origens A Taschen surgiu no mercado editorial em 1984, quando o livreiro alemão Benedikt Taschen comprou, em um saldo de uma editora nos Estados Unidos, um lote com 40 mil livros do pintor surrealista belga René Magritte por apenas US$ 1 cada. Levou as obras para a Alemanha e vendeu tudo em seis semanas. Era o primeiro volume da série básica, que hoje tem mais de 50 títulos, distribuídos em 60 países. Texto Anterior: Isto é Beavis e Butt-Head Próximo Texto: RS espera 15 mil em concerto de Carreras Índice |
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