São Paulo, sábado, 29 de novembro de 1997 |
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Ator é tido como 'intratável' nos EUA
SUSAN WLOSZCYNA
Depois de estraçalhar Margaret Thatcher ("um pesadelo") quando fez o politicamente carregado "Brassed Off" e desprezar "Independence Day" ("lixo comercial"), ele acaba de arrasar um Estado inteiro: Utah, onde "A Life Less Ordinary" foi rodado. "O lugar mais tacanho, preconceituoso e hostil em que já estive", rosnou para um jornalista. Mas, nesta tarde, o ator está com um humor jovial. Até sua opinião a respeito do local das filmagens mudou: "Sinto-me péssimo por ter dito isso, porque foram tão gentis comigo em Utah. Não achei que o repórter publicaria as minhas declarações. Pediria desculpas a todos se pudesse". Talvez seu temperamento difícil tenha sido abrandado após uma longa noite com o Oasis, os tais pestinhas do rock inglês, após sua apresentação no programa "Saturday Night Live". "Eu tenho um baita frisson adolescente pelo Oasis", confessa tomando um gole de cerveja Guiness. "Sou um bobo no que se refere a eles." Além do Oasis, McGregor, 26, tem, principalmente, duas outras paixões: sua esposa, a francesa Eve, e sua filha, Clara, que fará dois anos em fevereiro. Aparência "Vaidade, teu nome não é Ewan", assegura Danny Boyle, o diretor de "A Life Less Ordinary", que trabalhou com McGregor em "Cova Rasa" e "Trainspotting". "Preocupações com a aparência não fazem sua cabeça. Ele está preparado para assumir riscos. Adora mostrar vulnerabilidade e expressar seus sentimentos, romper em lágrimas..." Sua parceira no novo filme do cineasta britânico, Cameron Diaz, concorda: "Ele é simplesmente fofo. É charmoso e divertido e tem tudo o que qualquer garota quer. Ele é simplesmente demais". O sucesso absoluto está muito próximo desse filho de educadores, que, contudo, parou de estudar aos 16 anos para perseguir uma carreira de ator. Ele será o jovem Obi-wan Kenobi na sequência de "Guerra nas Estrelas", parte da série de maior sucesso de todos os tempos, com estréia prevista para 1999. "Foi muito difícil recusar esse papel", explica McGregor. "Eu queria fazê-lo para minha filha." Quanto à sua aversão por megaproduções, ele apenas afirma: "Encaro 'Guerra nas Estrelas' como uma maneira de não ter mais de fazer grandes estouros de bilheteria. Não precisarei rodar mais nenhum filme desse tipo." Tradução Ana Carolina Mesquita. Texto Anterior: O britpop das telas Próximo Texto: Onde estão eles depois de "Trainspotting" Índice |
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