São Paulo, sábado, 29 de novembro de 1997
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Autoridades dos EUA mandam reformar modelo de Boeing

Avião é do tipo que explodiu em 96, matando 230 pessoas

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O governo dos EUA deu ordens às empresas aéreas que operam aviões Boeing-747/100 para instalarem novos equipamentos com o objetivo de isolar melhor a fiação elétrica que passa perto dos tanques centrais de combustível.
A medida afeta 167 aparelhos registrados nos EUA. O custo estimado da mudança é de US$ 13.200 em cada avião. As empresas têm 12 meses para executá-la. Outros 29 Boeing-747 mais antigos também devem ter sua fiação inspecionada imediatamente para checar se o material isolante não está deteriorado. Essa inspeção custa US$ 60. Os que usam silicone como isolante devem substituí-lo em 90 dias.
A decisão é consequência do acidente com o vôo TWA-800, que explodiu no ar logo após a decolagem de Nova York com destino a Paris em 17 de julho de 1996. Todas as 230 pessoas a bordo morreram.
As causas do acidente ainda não foram estabelecidas pelas autoridades aeronáuticas norte-americanas. Mas há forte suspeita de que uma faísca elétrica possa ter provocado a explosão. A polícia federal descartou a possibilidade de terrorismo ou de um míssil ter atingido o TWA-800 por acidente. Os modelos mais recentes do Boeing-747, a série 400, conhecido como Jumbo, já têm proteção reforçada na fiação elétrica que passa perto dos tanques de combustível.
A sede da Boeing em Seattle, Costa Oeste do país, estava fechada ontem, por causa do feriado do Dia de Ação de Graças. A fábrica não comentou as ordens da Administração Federal de Aviação (FAA). Sua posição no caso do TWA-800 tem sido a de defender a segurança dos aviões que fabrica.

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