São Paulo, domingo, 30 de novembro de 1997
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Guerra silenciosa; Especulação de volta; Muro petista; Filé em disputa; Para constar; Sonho de liberdade; Sossega leão; História distorcida; Lente cor-de-rosa; Bicho-papão x Cuca; Rede de intrigas; Relações perigosas; Fábula brasiliense; Emergente sertanejo; Com a mão na massa

Guerra silenciosa
Marco Maciel (PE) e ACM (BA) travam um conflito pelo controle do PFL. O vice, junto com Jorge Bornhausen (SC), tinha a maioria dos convencionais nacionais da sigla. Num trabalho com senadores, o presidente do Congresso tomou a dianteira.

Especulação de volta
Os aliados de Marco Maciel temem que, em 98, ACM tente colocar Luís Eduardo como vice de FHC. O deputado não quer disputar o governo baiano. E o pai quer que ele tenha experiência no Executivo para se credenciar para ocupar o Planalto em 2002.

Muro petista
Lula já tem uma carta na manga para atrasar o lançamento de sua eventual candidatura, contrariando a esquerda do PT, que quer que ele decida já. Falará que, se tiver que responder agora, dirá não. Mas mais adiante...

Filé em disputa
A iminente criação da ANP (Agência Nacional de Petróleo) agita o mercado. Há várias empresas estrangeiras interessadas em formar parceria com a Petrobrás. A estatal fala em negócios de R$ 3,5 bilhões em três anos.

Para constar
Marco Maciel fez chegar a FHC que discordava da posição de ACM na briga que o senador pefelista travou contra o presidente a respeito da alta do Imposto de Renda de Pessoas Físicas.

Sonho de liberdade
É definitivo: o ministério só muda em março. FHC quer votar as reformas até o Carnaval para tratar deste assunto, e das coligações estaduais, livre das pressões a que está sujeito pela exigência do quórum de três quintos no Congresso.

Sossega leão
Na exposição que fez para anunciar as mudanças no pacote fiscal, FHC citou o nome de vários políticos. Todos, uma única vez. Menos ACM, a quem se referiu exatas quatro vezes.

História distorcida
O jornal mexicano "Reforma" disse que o Brasil tenta "limpar a mancha" de ter apoiado Hitler ao apurar o desvio de dinheiro judeu por nazistas. A embaixada rebateu, lembrando que só o Brasil, na América Latina, foi à festa de 50 anos da vitória aliada.

Lente cor-de-rosa
Arlindo Porto (Agricultura) diz que, apesar de a área plantada ser 1% menor, a safra 97/98 vai gerar receita de R$ 15 bi, contra R$ 12 bi da safra passada. Motivo: aumento de produtividade.

Bicho-papão x Cuca
Duda Mendonça prevê que "o medo dominará a eleição de 98". Segundo o publicitário, FHC explorará o temor de alguém acabar com o Real. E a oposição, com Lula, usará o medo da perda do emprego devido à crise.

Rede de intrigas
Muitos tucanos têm aconselhado FHC a não apoiar a reeleição de ACM para a presidência do Senado, caso o tucano continue no Planalto em 99. Insistem em afirmar que o senador é hoje o maior inimigo do presidente.

Relações perigosas
No Palácio dos Bandeirantes, é atribuída a Zuzinha Covas, filho do governador Mário Covas, a nomeação de Luís Carlos Spínola como diretor financeiro da CDHU, companhia de habitação paulista suspeita de comprar terrenos superfaturados.

Fábula brasiliense
Circula no Congresso: inteligente é o elefante, que pára na beira do abismo e se recusa a andar. O cavalo é fiel, se joga junto com o dono. O PPB é o elefante, o PSDB é o cavalo. O PFL é o burro, se parece com o cavalo, mas se comporta como o elefante.

Emergente sertanejo
Inocêncio Oliveira (PFL) foi para Serra Talhada (PE) no fim-de-semana. Para uma sessão de fotos com a revista "Caras", na qual será retratado como uma espécie de imperador do sertão.

Com a mão na massa
O grupo Quagliato, um dos maiores proprietários de terra no sul do Pará, está na mira do Ministério Público Federal. Razão: a prática de trabalho escravo, que já está sendo investigada.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
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