São Paulo, domingo, 30 de novembro de 1997 |
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Brasileiro nanico pode ter título mundial
FERNANDA PAPA
Trata-se de Victor Ribas, 1,60 m, brasileiro, 26 anos. "O Derek Ho era o único mais baixo que eu, mas ele parou de surfar no circuito profissional", conta Ribas, que costuma levar seus pranchões de 3 metros de de comprimento aonde quer que vá. "Dá o maior trabalho amarrar a prancha em cima do carro e guardá-la em casa depois. Mas tudo bem, o importante da prancha grande é que ela te prepara para qualquer tipo de mar, porque força a perna", explica o atleta. Ribas diz que vida de um surfista é cheia de esperas. Em época de competição, o carioca acorda antes das 7h para checar as ondas do "pico" (local) da disputa. Na semana que passou, foram pelo menos cinco dias de checagem, sem muito sucesso. "Ficamos jogando tênis direto, no condomínio em que alugamos uma casa, para matar o tempo", afirma o surfista. Desde que venceu a etapa do WQS em Saquarema, no Rio de Janeiro, em outubro, ele assumiu a liderança do circuito, válido como ranking de acesso ao WCT (World Championships Tour), a primeira divisão do surfe mundial, da qual Ribas também participa. E ele não tem concorrência fácil nesta semana. O australiano Beau Emerton, 22, também tem chances de ficar com o título, pois, computados os descartes obrigatórios, poderá terminar o ano com mais pontos que Ribas. Para isso, Emerton precisa chegar pelo menos em quinto lugar, com o brasileiro terminando a disputa em pior colocação. "Tenho que, no mínimo, passar uma fase e esperar que o Emerton perca logo. Aí vou correr para a galera", disse Victor. Se ele chegar à semifinal em Sunset, Emerton precisará vencer o campeonato para tirar-lhe o título. "Estava despreocupado com o WQS, porque também corro o WCT. Nunca tinha conseguido um grande resultado, só passado algumas baterias, daí a tranquilidade." Texto Anterior: Troféu Brasil terá volta de brasiliense Próximo Texto: Economia rende resultados para surfista Índice |
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