São Paulo, domingo, 30 de novembro de 1997 |
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Rainha Elizabeth 'aposenta' iate
IRINEU MACHADO
As pressões pela redução de custos no Reino Unido começaram com o incêndio do castelo de Windsor, em 1992. Logo depois do incêndio, que danificou nove de suas dependências principais e outras cem salas, o governo anunciou que pagaria os quase US$ 70 milhões previstos para a restauração. Diante da indignação popular, a rainha concordou em pagar 70% da reforma do castelo. As obras de restauração foram concluídas este mês, com um custo um pouco menor -em torno de US$ 63 milhões. No início do mês, foi anunciada a "aposentadoria" do iate real Britannia, que deixará de ser usado em passeios reais. O iate, na verdade um navio com 125 metros de comprimento, consumia mais de US$ 15 milhões por ano. Não se compara ao pequeno iate do rei Juan Carlos, da Espanha. Dentro dos próximos anúncios de cortes de custos, é esperada a desativação do trem real. "A família real age de maneira inteligente. Aproveita os momentos em que não está visivelmente sob pressão e desiste voluntariamente de alguns de seus bens", avalia Rodney Barker. Para o estudioso da monarquia, é muito provável que nos próximos anos seja anunciada uma redução no número de residências reais. "Há sugestões de que a família real não precisa do Palácio de Buckingham", disse. "Ele seria mais apropriado como um prédio público, um museu ou galeria de arte, com alguns departamentos da monarquia. Não como uma residência. A família real tem muitas residências e não precisa de tantas", disse o professor, citando o palácio de Saint James e o castelo de Windsor. Segundo Barker, o governo trabalhista do premiê Tony Blair está ajudando a família real a se reformar. "O governo é monarquista e não pode ficar parado assistindo. É exatamente o que está acontecendo. Desde a morte da princesa Diana, o gabinete trabalha nos bastidores para ajudar a reformar a família real. O príncipe Charles também está envolvido nesse esquema", afirmou Barker. (IM) Texto Anterior: Separatismo ameaça futuro Próximo Texto: Escandinávia rejeita cortes Índice |
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