São Paulo, domingo, 30 de novembro de 1997
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Praticidade impulsiona vendas do setor

DA REPORTAGEM LOCAL

Natal pronto, embalado e entregue em casa. Empresas que produzem ceias e cestas especiais planejam "fazer a festa" no fim de ano.
Tendo como vantagem a praticidade, esse serviço costuma ser visto como o verdadeiro Papai Noel para quem não quer ter trabalho.
São entregues em casa do peru ao mordomo. "As pessoas querem facilidade para poder curtir a festa com a família", diz Rita Atrib, 32, sócia da Petit Comité (São Paulo), que faz cestas há três anos.
No ano passado, foram quase 80 pedidos para a ceia de Natal. No bufê, o cliente escolhe os pratos, além de ter um kit com cinco itens, por cerca de R$ 20 por pessoa.
"A procura por ceias tem crescido", diz Laka Brandão, dona do bufê Kasa Laka Brandão. Segundo ela, a maioria dos clientes tem preferência pelos pratos já prontos, entregues pouco antes da festa. Em 96, sua empresa preparou 14 ceias grandes, que saem por cerca de R$ 1.000 (para 25 pessoas).
Cestas
Além das ceias, outro nicho que está sendo explorado é o de cestas especiais, geralmente produzidas por cafés ou microempresas.
"Passamos a beleza do produto mesmo por telefone, já que muitos nem vêem a cesta antes", diz Matilde da Silva Martins, 43, sócia do Café Nobre. A empresa, que fatura cerca de R$ 10 mil por mês, produziu neste ano desde minicestas (R$ 9) até kits completos (R$ 108).
Mas há modelos sofisticados, como o da Cestaway, que custam até R$ 800. "É uma cesta gigante, que inclui vinhos caros e caviar", afirma Alexandre Resina, 27, sócio.
A empresa oferece opções mais baratas, a partir de R$ 90. "As mais pedidas são as de R$ 300."
Para empresas
Pensando nas empresas que não param no Natal, a Sortie criou um kit para funcionários. A refeição inclui quatro itens e custa R$ 9,50.
"Só uma empresa de medicamentos encomendou 1.300 kits", conta Roberta Oliveira, sócia.
Os restaurantes também estão preparados. "Os poucos que abrem faturam bem", diz Percival Maricato, 53, presidente da associação de bares e restaurantes.
O restaurante italiano Vecchio Punto (São Paulo) abre no Natal há quatro anos. "O bufê com preço fixo custa R$ 50 por pessoa", conta Ricardo Branco, 37, dono.
A culinária japonesa também aderiu ao "Jingle Bells". O Roppongi (São Paulo) estará aberto para almoço no dia 25. "Teremos peru, bacalhau e pato, além de sushi e sashimi à vontade, é claro", diz Luiz Henrique Marcondes, 36, sócio.

Onde encontrar - Roppongi: (011) 883-6991; Sortie: (011) 826-4856; Vecchio Punto: (011) 282-3393.

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