São Paulo, domingo, 30 de novembro de 1997 |
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Habib's defende junção de interesses
DA REPORTAGEM LOCAL Franquia não se vende, o que se faz é uma aproximação de interesses. Esse é um dos principais pontos defendidos por João Augusto Penna, diretor de operações da rede Habib's.Penna apresentou a palestra "Captação de franqueados", na terça-feira, dia 25, no auditório da Folha, em São Paulo. O evento fez parte do ciclo "Os Rumos do Franchising", promovido pela Folha e que traz palestras mensais. O diretor do Habib's, que coordena mais de 85 lojas, mostrou como é o processo de seleção da rede. Segundo Penna, o sucesso do franchising ocorre quando há uma convergência entre a busca da expansão pretendida pela marca e o desejo do franqueado em ter segurança no negócio próprio. Só que esse ajuste, segundo ele, exige trabalho e persistência. "O processo de fechamento de um contrato leva meses, porque a decisão, nossa e do franqueado, tem de ser racional e amadurecida." Penna foi taxativo quando apontou o principal desafio ao interessado numa franquia de fast food: se dar conta de que vai trabalhar muito, principalmente nos finais de semana, quando a loja garante o grosso do faturamento do mês. "Para descobrir se tem potencial para ser franqueado, o candidato passa por uma série de entrevistas, questionários e treinamento." Isso porque a seleção feita pela rede, fundada em 1988, também ficou mais rigorosa. "Antes, fechávamos um contrato a cada cem entrevistas. Hoje, é a cada 200." Ele conta que a imersão do candidato na rede é tão intensa que a rede decidiu cobrar pelo treinamento -R$ 2.000 (descontáveis em um futuro contrato). "Foi para evitar que desistentes vazassem todo o conhecimento sobre a produção", afirmou. Ele conta que a rede incentiva o contato entre o candidato e os donos de franquia. "O maior vendedor é o franqueado, que vai contar como é a rede por dentro." Segundo Penna, o processo de seleção adotado dado bons frutos. "Hoje todas as lojas são rentáveis e dão lucro de pelo menos 20% ao franqueado." Para isso, no entanto, ele tem de investir cerca de R$ 400 mil na abertura de uma loja. Texto Anterior: Sebrae e Umes formam jovens empresários; Serviço telefônico dá dados sobre comércio; Nova máquina pode fazer pizzas e lanches; Empresa de automação cria loja de fábrica Índice |
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