São Paulo, terça-feira, 2 de dezembro de 1997
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Léa Freire reúne um bando de amigos em show no Sesc

ADRIANA MOURA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Foram necessários 22 anos, dos quais 11 afastada dos palcos, para que a flautista e compositora Léa Freire, 40, se convencesse a gravar um disco. Seu primeiro CD, "Ninhal", vai ser lançado hoje, às 21h, em um show no Sesc Pompéia.
O nome "Ninhal" faz referência ao grande grupo de amigos que ajudou na realização do trabalho. Nada menos que 48 músicos participaram, além de técnicos, produtores e artistas, todos ligados à compositora.
"Cada um faz um pouco pelo outro, participa dos trabalhos de um jeito meio informal. É até melhor, porque assim não fica em uma visão puramente comercial", afirma Léa.
Entre os amigos, estão as cantoras Claudia Ferrete e Joyce, os instrumentistas Jean Garfunkel e Filó Machado, que participam do show.
Integrado somente por composições de Léa, o disco é predominantemente instrumental. Há tantas participações que a flautista nem mesmo toca em todas as faixas.
Léa estudou música desde criança e começou a tocar flauta transversal aos 15 anos. Aos 18, começou a se apresentar em casas noturnas e gravar com vários artistas.
Em 86, sua vida deu uma guinada. Com dois filhos pequenos, ela aceitou ajudar o pai na administração de sua fábrica de sensores eletrônicos, no interior de São Paulo.
"Parei porque era hora de ganhar dinheiro", diz. A experiência de 10 anos, período em que se formou em Administração de Empresas, vale agora para administrar sua carreira. "Aprendi muito", afirma.
Distante da agitação cultural de São Paulo, Léa dedicou-se a compor. Aos poucos, os amigos músicos foram descobrindo essas incursões e acrescentando letras a elas.
A primeira a gravar uma canção sua foi Joyce. "Oásis", lançada em 96, fez algum sucesso e foi seguida por outras, como "Meio-Dia", com letra de Jean Garfunkel, vencedora do Festival de Música de São José do Rio Preto este ano.
Logo a instrumentista encorajou-se a voltar aos palcos. Na sequência, surgiu o CD. "É o momento ideal. Primeiro eu era quase criança, depois criei meus filhos. Agora atingi a maturidade certa", diz.

Show: Léa Freire
Quando: hoje, às 21h
Onde: Teatro do Sesc Pompéia (r. Clélia, 93, tel. 871-7700)
Quanto: R$ 5 a R$ 10

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