São Paulo, quarta-feira, 3 de dezembro de 1997 |
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Coelba é favorita para levar Energipe hoje
CHICO SANTOS
A expectativa do mercado ontem era de que até quatro consórcios participassem do leilão de hoje. No total, 30 empresas estão pré-identificadas para disputar o leilão, sendo 28 nacionais e 2 estrangeiras. Era esperado um ágio sobre o preço mínimo de 40% a 50%. Além da Coelba, que negociava ontem à tarde uma associação com a Vale do Rio Doce Energética, eram esperadas as participações de consórcios liderados pela mineira Cataguazes-Leopoldina, possivelmente associada a fundos de pensão, e pela capixaba Escelsa (Espírito Santo Centrais Elétricas). Também era esperada a presença da Companhia Paulista de Energia Elétrica, a Paulistinha. A Coelba tem interesse especial na Energipe por ser a rede de distribuição do Estado de Sergipe uma espécie de prolongamento da rede da Bahia. A empresa baiana foi privatizada em 31 de julho deste ano, tendo sido comprada por um consórcio formado pela operadora elétrica espanhola Iberdrola, pela Previ (fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil) e por fundos de investimentos administrados pelo mesmo Banco do Brasil. Como outras empresas do setor elétrico estadual brasileiro, a Energipe passou por um período de gestão compartilhada pelo Estado, a Eletrobrás e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Essa gestão, iniciada em novembro do ano passado, teve o objetivo de preparar a empresa para a privatização. A Eletrobrás passou a deter 34,55% do capital da empresa. O BNDES antecipou R$ 48,3 milhões ao governo de Sergipe, a serem pagos com o dinheiro da privatização. Suas dívidas somam R$ 40 milhões, menos de 10% das dívidas da Cemat (Centrais Elétricas Matogrossenses), privatizada na semana passada com ágio de 21,08% sobre um preço mínimo próximo ao da empresa sergipana. A Energipe fatura por ano cerca de R$ 120 milhões e no ano passado registrou um prejuízo de aproximadamente R$ 10 milhões. Ela abastece de energia elétrica 63 dos 75 municípios de Sergipe, além de 3 municípios da Bahia e 5 de Alagoas. Toda a energia distribuída pela Energipe é comprada da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco). Os maiores clientes da Energipe são a Petrobrás e a Vale do Rio Doce. Meridional Três ações pedem na Justiça Federal do Rio Grande do Sul a suspensão da venda do banco Meridional. O leilão do banco está marcado para amanhã na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Nove diretores do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (RS) ingressaram ontem com uma ação popular, distribuída para a 6ª Vara Federal, pedindo o cancelamento do leilão. Além da iniciativa do sindicato, já tramitavam outras duas ações com o mesmo objetivo movidas pelo deputado estadual gaúcho Pompeo de Mattos (PDT) e pela Procuradoria da República no Rio Grande do Sul. Colaborou a Agência Folha Texto Anterior: Debate na Folha enfoca a esquerda Próximo Texto: Na ponte e no palácio Índice |
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