São Paulo, sexta-feira, 5 de dezembro de 1997 |
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'Idéia foi descaracterizada'
DA REPORTAGEM LOCAL A idéia de se criar um sistema de saúde por cooperativa, na opinião do médico Paulo Eduardo Elias, foi descaracterizada durante a implementação do PAS."Os funcionários do PAS ganham por hora e têm 13º salário e férias remuneradas. Numa cooperativa real, as pessoas ganham por produção", afirmou Elias. Segundo o médico, no projeto inicial do plano, proposto pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o valor per capita que a prefeitura deveria repassar aos módulos seria calculado com base na população efetivamente cadastrada, e não na PPC, como é feito hoje. "O projeto inicial também previa a concorrência entre os módulos, ou seja, se eu sou do módulo Pirituba e estou sendo mal atendido, posso ir ao módulo vizinho e o de Pirituba arcaria com as despesas do atendimento", afirmou. Para Elias, o PAS não cumpriu a principal promessa feita na época de sua implementação: privatizar a saúde, reduzindo os custos. "A saúde não foi privatizada, pois as contas são pagas com dinheiro público, e os custos aumentaram." Positivos Elias e Amélia Cohn, durante a pesquisa, entrevistaram usuários e médicos do PAS. Os quatro secretários da Saúde da gestão Maluf também foram entrevistados. Um dos pontos positivos do PAS apontados pela pesquisa foi o de levantar o debate de modelos de gestão de saúde. Texto Anterior: Atendimento cresceu, diz Yokota Próximo Texto: Emílio Ribas testa nova pesquisa com droga para 'ajudar' coquetel Índice |
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