São Paulo, sexta-feira, 5 de dezembro de 1997
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Ajuda à Coréia aumenta para US$ 57 bi, e Bolsa sobe 6,99%

Moeda sul-coreana se recupera em relação ao dólar

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Moeda sul-coreana se recupera em relação ao dólar Ajuda à Coréia aumenta para US$ 57 bi, e Bolsa sobe 6,99%

A Bolsa de Valores de Seul teve ontem a maior alta registrada em um só dia, 6,99%, impulsionada pelo acordo entre o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Coréia do Sul, anunciado na última quarta-feira.
O pacote de ajuda ao país, que seria de US$ 55 bilhões, aumentou ontem para US$ 57 bilhões, afirmou a agência de notícias "Reuters".
Os US$ 2 bilhões foram acrescentados ao programa depois que a Itália anunciou sua participação e que a Alemanha, o Reino Unido e a França decidiram ampliar o valor das contribuições.
Os demais US$ 22 bilhões vão ser enviados por nove países, entre os quais Japão e Estados Unidos.
Analistas afirmam, no entanto, que os US$ 57 bilhões -o socorro mais alto da história- ainda não serão suficientes para recuperar a economia do país.
No mercado financeiro, investidores reagiram ao anúncio do Ministério das Finanças de permitir que empresas estrangeiras tenham até 50% de participação em sociedades sul-coreanas. A medida é uma das condições impostas ao país pelo FMI.
Na Bolsa de Seul, o principal índice do mercado acionário subiu 26,50 pontos e fechou o dia a 405,81 pontos. A moeda sul-coreana, o won, fechou o dia a 1.172,50 por dólar, contra 1.196, cotação registrada na quarta-feira.
Ontem, a imprensa sul-coreana acusou Estados Unidos e Japão de terem se aproveitado da negociação entre Coréia e FMI para ampliarem sua influência na economia do país. Segundo os jornais, EUA e Japão teriam criado no país condições vantajosas para suas próprias empresas.
O anúncio do pacote sul-coreano também repercutiu ontem em outros mercados financeiros da Ásia. Em Hong Kong, houve alta de 2,38%.
A Bolsa de Valores de Kuala Lumpur (Malásia) registrou alta de 5,1%. Em Jacarta (Indonésia), o índice subiu 3,14%.
Nas Bolsas de Bancoc (Tailândia) e Taiwan, houve alta de 3% e 1,9%, respectivamente.
Apesar da recuperação das Bolsas, as moedas da região continuaram registrando novas desvalorizações em relação ao dólar.
O ringgit, moeda da Malásia, caiu a seu nível mais baixo no mercado de Cingapura e chegou a ser cotado a 3,73 por dólar.
Ao final do dia, o ringgit teve uma recuperação e foi vendido a 3,70 por dólar.

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