São Paulo, sexta-feira, 5 de dezembro de 1997
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São Paulo empata com River e frustra torcida

ARNALDO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo apenas empatou em 0 a 0 com o River Plate (Argentina), ontem, no estádio do Morumbi na primeira partida da final da Supercopa.
Ao final do jogo, os argentinos, que atuaram com um jogador a menos em boa parte do segundo tempo, comemoraram ao final como se fosse a conquista do título.
A partida decisiva foi transferida do dia 17 para o 18, em Buenos Aires.
Quem vencer é o campeão. Se o segundo jogo terminar empatado em 0 a 0, a decisão será na disputa de pênaltis.
O São Paulo considerava fundamental vencer o jogo de ontem.
O time procurou exercer uma pressão no início.
Logo aos 2min, Fabiano perdeu uma boa chance.
Aos poucos, porém, o River foi fazendo prevalecer sua maior experiência.
Passou a marcar a saída de bola, a ganhar tempo e a parar os são-paulinos com faltas, que não eram coibidas com cartões pelo árbitro.
A torcida, que compareceu em grande número, em vez de incentivar, começou a se impacientar, enervando ainda mais os atletas.
O River teve uma grande chance para marcar, aos 10min, quando Salas, livre, cabeceou para fora.
O São Paulo passou a viver das descidas esporádicas dos laterais Zé Carlos, pela direita, e Serginho, pela esquerda.
Aos 32min, Marcelinho obrigou Burgos a fazer grande defesa.
Aos 43min, Serginho perdeu a última chance da primeira etapa, chutando cruzado para fora.
O segundo tempo começou completamente diferente para o São Paulo.
A torcida passou a incentivar e, logo aos 2min, o argentino Berti foi expulso após entrar de forma desleal em Fabiano.
O River passou a se defender com oito jogadores, que praticamente não saíam da linha da área. Os argentinos continuaram a fazer faltas por trás, mas não eram advertidos pelo árbitro.
Como o gol não saía, o técnico Dario Pereyra resolveu arriscar.
Colocou o meia-atacante Reinaldo, retirando o zagueiro Álvaro. Sídnei foi recuado para a zaga, e o time passou a atuar com apenas um volante.
O time, porém, não melhorou, continuando a insistir nos "chuveirinhos" para a área. No ataque, Dodô continuava omisso, e França jogava muito mal.
Ramón Díaz respondeu, tirando o veterano Francescoli e colocando o defensor Placente.
Quando a torcida já estava pedindo "raça", o lateral Serginho, em jogada individual, acertou o travessão, aos 30min. Sete minutos depois, França carimbou a trave novamente.
Foram as duas últimas chances da equipe.

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