São Paulo, sexta-feira, 5 de dezembro de 1997
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Marroquinos primam por seu estilo ousado

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

A equipe marroquina não possui os talentos individuais que a Nigéria tem, mas, seguindo o estilo de seu técnico, o francês Henri Michel, tem se mostrado ousada.
Comandante da seleção de Camarões na Copa de 90, quando o time africano foi a sensação pelo jogo desenvolto, Henri Michel tem escalado três atacantes no Marrocos: El Hadji, Bassir e Bahja.
A grande estrela do time é o zagueiro Naybet, que atua no La Coruña, da Espanha. Líder da equipe, comanda o sistema defensivo.
A experiência adquirida na Copa dos EUA é outra arma do rival. Em 94, Marrocos perdeu as três partidas que fez, mas endureceu para boas seleções, como a Holanda.
Na fase final das eliminatórias africanas, Marrocos se classificou com facilidade, obtendo, em seis jogos, cinco vitórias e um empate.
A equipe marcou, em média, 2,3 gols por jogo nessa campanha.
No amistoso que fez contra o Brasil neste ano, soube se defender bem e também ameaçou o gol de Taffarel em algumas oportunidades.
Acabou perdendo por 2 a 0, mas deixou uma boa impressão.
Excetuando o goleiro Brazi, 32, outro ponto alto, do time, a seleção marroquina é jovem.
A média de idade dos dez jogadores de linha da provável equipe titular é de 24,5 anos.
Se for levado em conta o ranking da Fifa, Marrocos é a melhor seleção da atualidade na África. Está em 16º lugar, com 57,71 pontos.
Apesar da pouca tradição no futebol, Marrocos produziu o maior artilheiro de um Mundial em todos os tempos. Just Fontaine, defendendo a França, marcou 13 gols na Copa da Suécia, em 58.
A imagem de Fontaine impulsionou o futebol marroquino. Por sua posição geográfica -está perto da Europa- e pela história -sofreu dominação árabe-, os marroquinos sempre apresentaram um estilo de jogo diferenciado do praticado nos países que estão ao centro e ao sul da África.
Marrocos entrou para a história das Copas, em 86, no México, como a primeira equipe africana a passar da primeira fase de um Mundial. Perdeu, então, para a Alemanha, nas oitavas-de-final, por 1 a 0, já no final da partida.
(RBu)

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