São Paulo, sexta-feira, 5 de dezembro de 1997 |
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Brega é onda de Wildner
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
Caberia a definição: Wildner é um Falcão chique, que é daquele jeito abregalhado e achincalhado porque é de fato, não para forjar um personagem simpático e irreverente, como faz Falcão. Wildner é sério. Faz rock'n'roll convincente com temas como o de "Empregada" ("Dois por dois mede o quarto da empregada"), com baladas doloridas ("Bebendo Vinho") ou com clássicos punk (a versão de "Lonely Boy", dos Sex Pistols). Deixa pensar, nos momentos mais brega-chique, no Eduardo Dusek dos melhores tempos, como em "Freira Desalmada". Qual sua diferença em relação a nomes como Falcão ou Dusek? Ele é roqueiro -punk, ele mesmo define-, e acredita com unhas e dentes que isso ainda seja possível. Assim, Wildner faz rock'n'roll conservador, sem qualquer pretensão inovadora (a dramática "Lugar do Caralho", de Júpiter Maçã, por exemplo, vira surf music dançante em suas mãos). O resultado da equação é integridade, só. Não vai mudar o mundo, mas pode divertir um bocado. (PAS) Disco: Baladas Sangrentas Artista: Wander Wildner Lançamento: Fora da Lei/Tinitus Quanto: R$ 18, em média Texto Anterior: Júpiter atualiza Mutantes Próximo Texto: Osesp terá 22 músicos estrangeiros em 98 Índice |
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