São Paulo, sexta-feira, 5 de dezembro de 1997
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Opinião divergente; Aborto legal; Questão de consciência; Rei do futebol; Restrição de liberdade; Injustiça; Infância Roubada; Brasil real; Fiscal do Congresso; Liberdade e desrespeito; Humanização

Opinião divergente
"Li na edição de 30/11, na pág. 1-3 (Opinião), na seção 'Painel do Leitor', a erradíssima ou comprometida opinião do morador de Ponta Grossa (PR), José Kanawate, em que demonstra profunda ignorância sobre o único homem público, que, pela sua profunda cultura, honestidade, integridade moral, foi o melhor ministro que já surgiu neste país: professor Roberto Campos. Foi a pior opinião sobre um homem ímpar, de cultura inestimável."
Nelson Bessa Fernandes (Balneário de Camboriú, SC)

Aborto legal
"Acredito que, se os veículos de comunicação reservassem o espaço que utilizam para falar de aborto para uma coisa chamada educação sexual, muitas pessoas saberiam como evitar a tal gravidez indesejada, e não teríamos de ler tolices como as do articulista Marcelo Coelho no dia 3/12.
Depois de comparar a vida de um feto humano com o mato que cresce na rua, o autor completa afirmando que o início da vida humana ainda não é vida humana. Pode não ser, mas faz parte."
Elio Xavier Pedro (Curitiba, PR)
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"É inconcebível, malcriada, agressiva e inoportuna a manifestação da leitora Bartira Martins, no 'Painel do Leitor' de 3/12, contra o padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, que defende a vida e critica o aborto. Comparar vermes e vírus ao ser humano foi a prova do limite de sua inteligência. Mesmo para pessoas assim não se deseja a morte por aborto."
Renê R. Silva (São Paulo, SP)

Questão de consciência
"Minha opção é clara e firme: entre Itamar Franco e Ciro Gomes fico com Fernando Collor de Mello, infinitamente mais decente, coerente e competente do que a dupla 'tio-sobrinho', como observou Collor, com sublime ironia."
Vicente Limongi Netto (Brasília, DF)
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"Cada vez que Fernando Collor de Mello dá a sua opinião sobre algum político, ele desrespeita a integridade da pessoa humana. O que precisamos fazer é tomar muito cuidado com esse tipo de pessoa, ter consciência, principalmente, do mal que ela pode acarretar à sociedade."
Valdioney Pereira dos Santos (Campinas, SP)

Rei do futebol
"Até a rainha Elizabeth 2º se curva ao mencionar o nome de Pelé. Isso deveria servir de alerta a João Havelange, presidente da Fifa, que continua fazendo birra, tal qual criança mimada, quando vê um pedido seu recusado."
Eduardo Grígolo (Jundiaí, SP)

Restrição de liberdade
"O artigo do dr. Alberto Zacharias Toron, 'O Planet Hemp e a hegemonia do cinismo', de 26/11, é uma boa resposta ao do professor Celso Bastos, 'Sem passaporte para o crime', de 22/11, em que este defende a prisão de quem fizer letras que possam instigar o uso da maconha.
O fato de a Constituição considerar o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins crime inafiançável não pode servir de pretexto para restringir a liberdade de expressão. Fazer música é bem diferente de traficar."
André Smith de Vasconcellos Suplicy (São Paulo, SP)

Injustiça
"Manifesto o meu veemente repúdio ao artigo de Mario Simas 'A face social da igreja', de 28/11, na pág. 1-3 (Opinião), pois é injusto e falso. O general Ernesto Geisel foi o estadista da abertura política.
Como homem, foi íntegro, patriota e possuidor de intrínseca noção de honra. A ele devemos os investimentos em siderurgia, petroquímica, transportes, energia. Também lhe devemos o Proálcool, que possibilitou um programa nosso, nacional, de combustível alternativo, e o Acordo Nuclear Brasil-Alemanha, que possibilitaria a independência tecnológica no que tange a usos pacíficos da energia nuclear. O Brasil se queda ferido ante essa injustiça."
Marli Mira Hoeltgebaum (São Paulo, SP)

Infância Roubada
"O Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo parabeniza a Folha pelo prêmio 'Criança e Paz -Betinho 97' da Unicef."
Lila Covas, primeira-dama do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)
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"Cumprimento a Folha pelo Prêmio Criança e Paz: Betinho 1997 outorgado pelo Unicef, em virtude do excelente caderno especial Infância Roubada."
Rose Neubauer, secretária estadual da Educação (São Paulo, SP)
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"Cumprimentamos a Folha pelo Prêmio Criança e Paz: Betinho 1997, promovido pelo Unicef no Brasil, considerando mais do que justa a premiação dado o tratamento conferido por esse jornal ao tema infância."
Oded Grajew, diretor-presidente da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança (São Paulo, SP)

Brasil real
"Ninguém pode negar que o Real tenha levado milhões de brasileiros à categoria de consumidores. A inflação está estável, a cesta básica também e o PIB em alta. O país apenas há de caminhar para uma economia mais flexível, aberta e competitiva. Nessa direção, é necessária uma reforma fiscal, na qual se reduzam dezenas de impostos que têm levado muitos à economia informal e outros à sonegação. É preferível que mais pessoas paguem menos impostos, mas que todos paguem."
Moacir da Costa Machado (João Pessoa, PB)

Fiscal do Congresso
"O governo comemora a quebra da estabilidade do servidor público. Por 326 votos e 154 contra e duas abstenções, em segundo turno na Câmara.
O Congresso deveria aprovar também a demissão dos governantes que gastam mais do que arrecadam, dos que desviam verba do Orçamento e dos que manipulam verbas, principalmente, da saúde e da educação."
Emanuel Jorge de Almeida Cancella (Rio de Janeiro, RJ)

Liberdade e desrespeito
"A liberdade de expressão que o sr. José Simão usou para caçoar do nobre trabalho das voluntárias da Comunidade Solidária se resumiu a ignorância e desrespeito."
Lucia de B. Medeiros Fasano (Carapicuiba, SP)

Humanização
"Nós, usuários e familiares de inúmeras ONGs da saúde mental, de forma alguma achamos que, com o fim da existência do hospício, a doença mental deixará de existir, conforme artigo publicado na Folha em 2/11. O professor Wagner Gattaz disse que o número de leitos psiquiátricos deve ser dobrado. Concordamos com a afirmação, mas que os mesmos sejam colocados em serviços abertos, onde cada paciente possa ser tratado como indivíduo. Onde não existam a sedação, a cela forte, o choque elétrico, a violência do atendente despreparado etc.
O que queremos é uma visão mais humana e compreensiva, em que os doentes sejam ouvidos com atenção e dignidade e que tenham os seus direitos de cidadania respeitados."
Geraldo Peixoto, vice-presidente da Associação Franco Basaglia (São Paulo, SP)

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