São Paulo, sábado, 6 de dezembro de 1997
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Embaixador nega intolerância

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O embaixador do Chile no Brasil, Heraldo Muñoz Valenzuela, reagiu ontem aos ataques que o governo do país recebeu nos últimos dias da Igreja Universal.
"Nada pode justificar a desqualificação que temos sofrido nos últimos dias. Líderes da Igreja Universal do Reino de Deus, na TV, estão fazendo ofensas ao presidente do país onde alguns deles querem se estabelecer."
O embaixador recebeu ontem o deputado Paulo de Velasco (Prona-SP) e o representante da igreja em Brasília, bispo Carlos Alberto Rodrigues. Segundo ele, os dois se desculparam. "Aceitei e disse que eles estão no caminho errado."
O conflito entre o governo chileno e os membros da Universal surgiu porque o país negou visto de permanência a pastores da igreja que estão morando lá e desenvolvendo atividade religiosa.
Segundo Valenzuela, os ataques da igreja foram detonados após uma decisão da Suprema Corte chilena, que, em um primeiro exame do pedido de concessão do visto, negou o direito aos pastores.
A Justiça do Chile ainda terá de julgar recursos ajuizados pelos pastores. O embaixador disse que o governo aguardará e cumprirá a decisão da Suprema Corte.
Valenzuela negou que o país esteja agindo com intolerância religiosa e afirmou que o governo prefere não divulgar as razões da rejeição do visto de permanência.
A Folha tentou ouvir, sem sucesso, o deputado de Velasco e o bispo Madura.

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