São Paulo, sábado, 6 de dezembro de 1997 |
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Evangélicos puxam torcida brasileira na África do Sul
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
A Universal em Johannesburgo comprou 800 ingressos para o jogo, que foram dados aos fiéis durante a semana. A maioria, em homenagem aos pastores, quase todos brasileiros, teria prometido torcer pelo Brasil. "Mantemos centros de ajuda aos necessitados, em que os pobres podem tomar banho, cortar cabelo, ter um cantinho onde dormir", disse o brasileiro Edivaldo Reis, que, há um ano e meio em Johannesburgo, faz assessoria de imprensa para a igreja. "Por dia, alimentamos mais de 500 pessoas." A Universal mantém 70 igrejas na África do Sul. Quem quiser tirar carteirinha de membro tem de pagar 20 rands (cerca de US$ 4,50). "É o sonho da minha vida ver o Brasil jogar", disse Valley Molefe, 14, um dos garotos que vivem num abrigo mantido pela Universal e que conseguiu um tíquete para torcer pelo Brasil amanhã. "Não conheço o Brasil, mas sei que é o país do futebol e o país dos pastores", comentou Fani Mongoma, 15, habituado a chamar todo estrangeiro branco de pastor. O ingresso mais barato para o jogo entre Brasil e África do Sul custa 40 rands (cerca de US$ 9,00). Decepção No hotel da seleção e nos treinos no Ellis Park, estádio em que será realizado o amistoso, grupos de sul-africanos têm cercado os jogadores à procura de Ronaldinho. A ausência do atacante, que não foi liberado pela Inter de Milão, decepcionou a torcida. "Sem o Ronaldinho não tem graça. O Bebeto e o Romário nós já conhecemos", lamentou Eli Zakeyu, 16. LEIA MAIS sobre a Copa-98 às págs. 3-19 e 3-20 Texto Anterior: Fonte Nova terá 60 catracas eletrônicas Próximo Texto: Mark Williams é chamado de 'brasileiro' Índice |
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