São Paulo, sábado, 6 de dezembro de 1997
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MARROCOS

DA REPORTAGEM LOCAL

Marrocos, ponto em que Europa e África quase se tocam, terá um 1998 agitado -e não por causa do difícil grupo em que o país caiu no sorteio da Copa do Mundo.
A monarquia do norte da África se prepara para uma consulta popular que, dentro de um ano, vai decidir se mais de um terço do território que atualmente ocupa vai se tornar independente: o Saara Ocidental.
A região, o ex-Saara Espanhol, foi ocupada em 1976, ato repudiado pela ONU (Organização das Nações Unidas) e que gerou várias crises entre o país e vizinhos africanos.
Mas o país do Norte da África é mais conhecido por seu prato típico, o cuscuz, e por Casablanca, sua maior cidade, principal centro econômico e que deu nome ao filme de 1942 com Humphrey Bogart e Ingrid Bergman.
Foi a partir do que hoje é Marrocos que muçulmanos vindos do Oriente Médio entraram na Europa, pela montanha de Tarik, "jebel Tarik" em árabe, que acabou virando Gibraltar, nome do estreito que separa dois continentes por menos de 15 km.
E é para o norte que vai boa parte da produção de trigo e cítricos responsável por metade da economia marroquina, além do turismo, dos pescados e do fosfato -o país é o maior exportador mundial do minério.
Embora em situação melhor que vizinhos mais ao sul do continente, Marrocos é um país pobre. Grande parte da torcida na França vai ser de imigrantes -incluindo os clandestinos.
Compare dois dados: a expectativa de vida é de 65,4 anos, e a renda anual média por habitante, US$ 1.130, contra 77,8 anos e US$ 25.060 na França.
Mesmo com o cargo de premiê, o poder fica nas mãos do rei Hassan 2º, no trono desde 1961.
O país é independente há apenas 41 anos. Graças à localização estratégica, na passagem entre o Atlântico e o Mediterrâneo, passou por colonizações portuguesa, espanhola e francesa.
As marcas ainda estão vivas. Além do oficial árabe, o espanhol, no norte, e o francês, no centro e no sul, estão entre as línguas mais faladas do país.
(STJr.)

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