São Paulo, domingo, 7 de dezembro de 1997 |
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Internet favorece expansão nos EUA
FERNANDO ROSSETTI
A idéia é que o doente, no lugar de ir a um hospital, receba primeiro a visita de uma enfermeira ou de um paramédico, que faz o diagnóstico e pode encaminhá-lo ao serviço de saúde mais adequado. São esses profissionais -e os próprios doentes- os maiores beneficiários das novas tecnologias. Pelo telefone, pela Internet ou por outros meios (como a videoconferência), eles conversam com médicos, que podem estar a qualquer distância, e formulam a melhor solução para o caso. Essa seria uma das principais aplicações da telemedicina para as regiões rurais do Brasil. Só que no caso brasileiro a comunicação seria feita a partir de um posto de saúde e não da residência do doente -devido ao alto custo. O Centro Médico da Universidade de Kansas realizou sua primeira consulta a distância em 1991. Este ano ultrapassa a marca de mil atendimentos não presenciais. O Medical College da Geórgia, também nos EUA, tem um histórico semelhante: com cinco anos de telemedicina fará mais de 1.500 atendimentos a distância este ano. Segundo Max Stachura, diretor de telemedicina na Geórgia, em doenças crônicas como diabetes, câncer ou mesmo problemas psiquiátricos, 88% das consultas hoje feitas pelos próprios médicos poderiam ser por telecomunicação. Stachura desenvolveu uma máquina que o paciente leva para casa e que possibilita a conversa com o médico (ambos se vendo na tela do computador), pesa a pessoa, mede sua pressão, a temperatura, faz eletrocardiograma e ouve o coração, entre outras funções. O protótipo custou US$ 15 mil, mas o cientista afirma que, se fabricado em série, o aparelho sairia hoje por US$ 3.500. (FR) Texto Anterior: Rede quer ligar hospitais virtuais Índice |
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