São Paulo, domingo, 7 de dezembro de 1997
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Crash global faz o desemprego subir em ano de eleição

FÁTIMA FERNANDES e MAURO ARBEX

FÁTIMA FERNANDES; MAURO ARBEX
DA REPORTAGEM LOCAL

O desemprego, que já se encontra em nível recorde, vai crescer ainda mais a partir do início do próximo ano em decorrência das medidas adotadas pelo governo para tentar defender o Brasil do crash global.
A indústria automobilística pode colocar milhares na rua e a de aparelhos eletrônicos prepara demissão em massa. A construção civil, uma das maiores empregadoras, assustada com o impacto da alta dos juros sobre o mercado imobiliário, também prevê cortes.
A situação só deve se deteriorar a partir de janeiro porque até lá as férias coletivas e as vendas de Natal, apesar de fracas, devem adiar decisões sobre dispensas.
O fato de 1998 ser ano eleitoral pode amenizar o quadro de desemprego, mas só a partir do segundo semestre e em setores específicos, como os de infra-estrutura, mais sensíveis a gastos eleitorais.
A região metropolitana de São Paulo, uma das áreas mais duramente atingidas, verá o desemprego recrudescer ainda mais.
O Dieese prevê que, depois do recorde de outubro -16,5% da força de trabalho-, o desemprego piore a partir do próximo ano.
Uma das alternativas que vêm sendo discutidas por empresários e trabalhadores para evitar demissões em massa é a redução da jornada de trabalho e de salários.

LEIA MAIS sobre emprego nas págs. 2-4 e 2-6 a 2-9

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