São Paulo, domingo, 7 de dezembro de 1997
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Anos de escola não dão garantia de vaga

DA REPORTAGEM LOCAL

A distância entre a teoria e a prática também agrava a situação dos empregados disponíveis no mercado. Na opinião de Luiz Gonzaga Bertelli, 62, presidente-executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), mesmo os que têm formação escolar não estão preparados para o mercado.
"A maioria dos estagiários não tem os pré-requisitos exigidos. Mesmo assim, alguns são aceitos por falta de opção."
Danilo de Almeida Oliveira Garcia, 19, recém-formado em um curso técnico de processamento de dados, diz que só conseguiu estágio na Microsoft porque "correu por fora". "Consegui a vaga porque já trabalhava na área."
Iniciativas privadas A Volkswagen é uma das empresas pioneiras na implantação de programas de educação interna.
Tudo começou nos anos 30, quando, segundo Carlos Augusto Costa da Silva, 47, supervisor de treinamento, era difícil achar mão-de-obra com formação básica, disposta a trabalhar na indústria. "Poucas pessoas tinham o primeiro grau completo."
Hoje a conclusão desse estágio é pré-requisito para entrar na montadora, que ainda ajuda a pagar os estudos de seus funcionários.
A Rhodia também exige o primeiro grau e pretende ampliar a exigência para o segundo grau. "Os processos de produção evoluíram", diz Iaci Rios, 47, gerente de educação e desenvolvimento.

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