São Paulo, domingo, 7 de dezembro de 1997
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Boa fase de Ponte seduz torcida classe A

DA FOLHA CAMPINAS; DA REPORTAGEM LOCAL

A boa fase que atravessa a Ponte Preta, que enfrenta hoje o Náutico, em Campinas, pela Série B do Brasileiro, está atraindo novos tipos de torcedores.
Time agora leva ao estádio fãs antes "adormecidos" -uma ala considerada VIP engrossa a fila dos ponte-pretanos.
O publicitário Fábio Isaac, 22, por exemplo, abriu uma cerveja importada ao mesmo tempo em que o juiz Juliano Bozzano deu o apito inicial do confronto entre Ponte Preta e Vila Nova (GO), em Goiânia, na terça-feira.
"Vai começar tudo de novo", disse o publicitário. "É sempre assim. Sofremos, mas chegamos lá."
Com a vitória por 3 a 2 sobre o Vila Nova, a Ponte só precisa empatar hoje para voltar à elite do futebol em 98.
"O que você faz com um ponto?", perguntou o publicitário, agora um fanático torcedor, enfatizando seu desejo por uma vitória.
Foram 22 jogos, 13 vitórias, 6 empates. A Ponte fez 34 gols, levou 12 e teve 2 técnicos (Pardal e Pepe).
Isaac não foi o único a acompanhar o jogo contra o Vila Nova em um bar de classe média alta de Campinas -outras 50 pessoas assistiram à partida por um telão molhado pela chuva que atingia a cidade. A nova turma tem médicos, publicitários, empresários, advogados e professores.
Otimismo
Em Campinas, todos estão otimistas. Jogadores, comissão técnica e torcedores mais antigos são unânimes: a Ponte vai entrar em campo para vencer.
O treinador definiu o time no coletivo de anteontem com os atuais atacantes "emergentes" do time.
Escalou Claudinho e Régis como dupla de ataque.
Os dois ganharam a posição recentemente, em partidas que salvaram o time em momentos importantes da campanha.
O atacante Régis destacou-se pela atuação na partida contra o Gama, quando marcou três dos quatro gols do time.
Já Claudinho transformou-se em herói na partida passada, quando garantiu a vitória sobre o Vila Nova nos minutos finais.
Nos treinos de anteontem, Pepe tentou deixar claro a função tática de cada jogador.
"O Régis será o atacante mais fixo, no centro do campo", disse.
Segundo ele, Claudinho ganhou a função para se movimentar mais, dos dois lados do campo. "Mas sempre um perto do outro, não quero que eles abram muito a distância", disse.
O time pernambucano também tem chance de ascender para a Série A da competição.
Se perder para o Náutico, por qualquer diferença de gols, a Ponte Preta perde a vaga, a não ser que o América-MG sofra uma goleada do Vila Nova-GO.

Com a Reportagem Local

NA TV - Ponte Preta x Náutico, na Bandeirantes, ao vivo, às 11h

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