São Paulo, domingo, 7 de dezembro de 1997
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Seleção faz hoje amistoso "não-ideal"

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
ENVIADO ESPECIAL A JOHANNESBURGO

A confusão para reunir a seleção brasileira que vai enfrentar a África do Sul hoje, em Johannesburgo, às 19h locais (15h de Brasília), fez os próprios jogadores questionarem a utilidade desse tipo de amistoso.
"Está longe de ser a situação ideal. Se eu disser que não atrapalha juntar todo mundo na última hora, estarei mentindo", disse o atacante Bebeto.
Romário, o companheiro de ataque, concorda. "O certo seria se concentrar durante cinco ou seis dias para ganhar entrosamento."
O volante Dunga chegou a lembrar que, no último amistoso da seleção, em Brasília, contra o País de Gales, nem coletivo o time fez.
O jogo de hoje faz parte da turnê mundial do Brasil organizada pela Nike, a patrocinadora da seleção.
Na quarta-feira, quando a delegação era esperada em Johannesburgo, chegaram 12 de seus integrantes. Jogador, no entanto, apenas um: o meia-atacante Denílson.
No dia seguinte, apareceram Romário, Bebeto, Dida, Gonçalves e Dunga. Anteontem, chegaram Aldair, César Sampaio, Zé Maria, Zé Roberto, Doriva, que fora convocado às pressas, André Cruz e Emerson. Machucados, os dois últimos foram cortados e voltariam ontem mesmo para a Europa.
Como Cafu, Flávio Conceição, Juninho, Leonardo, Rivaldo, Roberto Carlos e Ronaldinho não haviam sido liberados por seus clubes, Rodrigo, Russo e Júnior Baiano foram chamados na última hora para se apresentar ontem com Rogério, goleiro do São Paulo.
O técnico Zagallo minimizou os problemas da convocação para o jogo de hoje e para a Copa das Confederações, na Arábia Saudita.
"Temos que cair na realidade", afirmou momentos após sua chegada ontem pela manhã.
"A maioria dos jogadores está na Europa e é uma complicação reunir todo mundo. O Rivaldo, por exemplo, só vai se apresentar para o segundo jogo, na Arábia."
Para piorar a situação, o goleiro Dida está insatisfeito por ter que treinar com a bola Nike.
"Mesmo que ela não deforme como a Umbro, que usam no Brasileiro, é mais difícil de defendê-la do que a Adidas", reclamou.
A Nike descartou a possibilidade de utilizar bola de outra marca.

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