São Paulo, segunda-feira, 8 de dezembro de 1997 |
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Consórcio denuncia empresas de fachada
ELVIRA LOBATO
O documento diz que grupos "sérios" estariam usando tal artifício para escapar da perda de pontos prevista no edital para os candidatos que já possuem concessões de telecomunicação. O consórcio não citou nomes de empresas que estariam recorrendo a tal prática, mas um dos alvos seria o grupo Abril, principal acionista do sistema TVA. "A prática em questão -a criação de empresas vulgarmente conhecidas como 'laranjas'- é repudiável e, lamentavelmente, macularia todo o processo", diz o requerimento enviado ao ministro. As concorrências para as concessões de TV paga serão decididas pelo critério de técnica e preço. A data de entrega das propostas para o primeiro lote de 79 concessões estava marcada para a próxima terça-feira, mas foi adiada para sexta. Até lá, o consórcio Televisão Cidade espera conseguir novo adiamento e mudança do edital. O consórcio decidiu chamar a atenção do ministro para o surgimento de empresas de fachada para convencê-lo a retirar do edital o item que prevê a perda de até seis pontos na nota técnica dos candidatos que já possuem dez ou mais concessões de serviços telecomunicação fora da área em licitação. Nas últimas semanas, foram publicados os editais de constituição de cinco empresas com nomes de pássaros -TV Pintassilgo, TV Rouxinol, TV Garça, TV Pavão e TV Pelicano- com o endereço da TVA (grupo Abril), em São Paulo. As empresas foram registradas em nome de advogados da Abril e da TVA. Procurada pela Folha, a direção do grupo afirmou que não comentaria o assunto, por envolver estratégia da empresa. Texto Anterior: CUT tenta ligar desemprego a juros Próximo Texto: Marinho quer vínculos claros Índice |
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