São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 1997
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Área do Rio terá policiamento reforçado

DA SUCURSAL DO RIO

Uma zona de "tolerância zero" -em que a presença da Guarda Municipal e a repressão a infrações e pequenos crimes vai crescer- será criada no centro do Rio como parte do Plano Maravilha, programa de estímulo ao turismo que será divulgado hoje pelo secretário municipal de Turismo, Gérard Bourgeaiseau.
A área, que irá da Casa França-Brasil, perto da Candelária, até o Museu de Arte Moderna, no início do aterro do Flamengo, terá como limites a avenida Rio Branco e o mar. Mas será apenas parte da zona de interesse turístico, que irá do centro ao Leblon (zona sul).
Nessa região mais ampla, os pontos frequentados por turistas vão receber, a partir de 98, tratamento especial, com mais patrulhamento na orla marítima (inclusive na areia) e reforço nos serviços públicos de que a cidade é carente, como limpeza e sinalização.
O objetivo do Plano Maravilha é fazer o total de recursos trazidos para a cidade por turistas (do Brasil e do exterior) subir de US$ 1,18 bilhão (em 96) para US$ 2,65 bilhões (em 2000) -um aumento de 125%.
O programa também vai alterar significativamente a política de divulgação e marketing do Rio no Brasil e no exterior. Por ano, serão aplicados cerca de R$ 18 milhões com essas finalidades. Em 97, o Orçamento do Rio de Janeiro para isso foi de R$ 5 milhões.
Em lugar de campanhas amplas, o Plano Maravilha vai concentrar suas ações publicitárias em publicações e eventos especializados, em alguns lugares de onde sai a maioria dos visitantes do Rio.
Os alvos serão grandes cidades do Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Espanha, Japão, Holanda, Grécia, Bélgica, Portugal, Dinamarca, Áustria, Suíça e Coréia do Sul.
Pesquisa
Antes da elaboração do Plano Maravilha, uma pesquisa com 350 turistas e painéis com mais de 400 pessoas ligadas direta ou indiretamente ao setor ajudaram a fazer um diagnóstico das dificuldades da cidade na área de turismo.
Os maiores problemas apontados pelos turistas entrevistados foram violência, pobreza, sujeira e transporte. As maiores qualidades detectadas foram a beleza natural, as pessoas e as opções de lazer.
Curiosamente, 32% dos turistas tinham, ao chegar, expectativas negativas em relação à cidade. A sondagem apurou que essa impressão se reduziu fortemente ao fim da viagem: 95,3% dos estrangeiros disseram recomendar a visita e 92% afirmaram pretender voltar.

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