São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Condenação de cantores não é oficial

LUÍS PEREZ
DA REDAÇÃO

A decisão sobre a condenação dos músicos Roberto e Erasmo Carlos por plágio da melodia da canção "Loucuras de Amor", de Sebastião Braga, na música "O Careta" (de 1987) ainda não foi transitada em julgado e nem publicada no "Diário Oficial".
A informação é do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que confirma que o desembargador Asclepíades Rodrigues negou um agravo regimental, que seria o último recurso de Roberto e Erasmo, no último dia 3.
A data coincide com a chegada às lojas do mais recente trabalho de Roberto Carlos, o CD "Canciones Que Amo".
No ano passado, o caso -iniciado há sete anos- já havia sido encerrado, mas Roberto Carlos entrou com uma nova ação, alegando que a sentença lhe causaria dano moral.
Nesta semana, Braga alegou ter ganho o processo e que teria direito a uma indenização de até R$ 3 milhões.
O advogado de Roberto Carlos nega. "O caso vai continuar sendo apurado, para ver se Sebastião tem direito de receber. A ação só será decidida no final do ano que vem", afirma Sérgio Ferraz, 61, advogado de Roberto Carlos.
Segundo ele, o perito do juiz teria dito que o que deveria ser pago seriam R$ 600 mil -a título de direitos autorais, caso fosse decidido que Braga é co-autor de "O Careta".
O advogado vai além: "É uma espécie de lobby dele na imprensa. Ele é um enganador. Como um enganador que é, está tentando fazer um lobby via noticiário, tentando um acordo que não vai haver".
Ferraz afirma que a música gravada por Roberto Carlos tem cerca de 200 compassos e que a Justiça constatou 20 compassos com coincidências melódicas.
"O que se estava discutindo é se ele seria ou não co-autor da música. Mas nada está acontecendo, porque a execução da sentença ainda está sendo apurada."

Texto Anterior: Araraquara veta uso de máscara e fantasia
Próximo Texto: Cetesb manda tirar material radioativo
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.