São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 1997 |
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"Esperamos evitar 8.000 demissões"
DA REPORTAGEM LOCAL O advogado Drausio Rangel, principal negociador do Sindipeças, afirma que 8.000 demissões devem ser evitadas com o acordo.Segundo ele, essa é a única solução para deter o desemprego. "O banco de horas não resolve o problema de caixa que as empresa têm agora", afirmou o advogado. * Folha - Quantas demissões vocês esperam evitar? Drausio Rangel - Se a adesão chegar a 70% das empresas da base da Força Sindical, estimo que poderemos salvar umas 8.000 vagas. Folha - Como vocês chegaram a esse número? Rangel - Nós calculávamos que entre 8.000 e 10 mil empregos seriam fechados em 98 caso não tivéssemos a redução de jornada. Como só chegamos a um acordo com a Força, que está presente em cerca de 70% das empresas do Estado, é mais ou menos essa quantidade de vagas que iremos salvar. Folha - Não dava para fechar um acordo só de banco de horas? Rangel - O banco de horas não resolve o problema de caixa que as empresas têm agora. Ele serve apenas para períodos sazonais. Muitas não têm dinheiro sequer para pagar as férias coletivas. Precisamos de uma solução emergencial. Folha - Como ficam as empresas da base da CUT? Rangel - Nós esperamos continuar negociando com a CUT. Por enquanto, o que pode acontecer é as empresas proporem diretamente a seus empregados. Se eles aceitarem, o sindicato da CUT terá de negociar. Agora, se não for possível fechar um acordo de redução e as empresas estiverem em dificuldade, provavelmente elas serão obrigadas a demitir. Texto Anterior: "Estamos dispostos a negociar mais" Próximo Texto: "Devemos cobrar da política econômica" Índice |
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