São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 1997
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Brasil causa confusão em chegada a Riad

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
ENVIADO ESPECIAL A RIAD

A distribuição dos quartos no hotel em que ficam sete das oito seleções que disputam a Copa das Confederações, a partir desta sexta-feira, na Arábia Saudita, foi alvo de discussão entre hóspedes e delegações.
O motivo é o suposto privilégio que teria sido oferecido pelos organizadores à seleção brasileira, que ficou com todo o sexto andar, apesar de usar menos da metade dos quartos reservados.
Enquanto o Brasil conseguiu um andar só para si, as seleções de África do Sul, Austrália, México, Uruguai, República Checa e Emirados Árabes Unidos terão de dividir os outros cinco com jornalistas, executivos e turistas.
A Arábia Saudita, anfitriã do torneio, é a única equipe que não se concentrou com as demais.
Na chegada da delegação brasileira, na madrugada de ontem, a confusão foi generalizada.
Como a comissão técnica do time exigia a saída de "estranhos" hospedados no sexto andar, a segurança do torneio retirou, por volta das 4h locais (23h de anteontem em Brasília), vários hóspedes de seus quartos, pedindo para que eles mudassem de habitações, indo para os andares de baixo.
A maioria, que já estava dormindo, saiu revoltada de seus aposentos, indo reclamar com a direção do hotel.
Os sul-africanos, que chegaram no mesmo vôo dos brasileiros, acharam normal terem de dividir o terceiro andar com outras delegações e hóspedes em geral.
Eles classificaram a atitude dos brasileiros como "esquisita".
Para piorar, como o sexto andar acabou tendo de ficar, para contentar os brasileiros, com diversos quartos vazios, algumas pessoas, mesmo tendo feito reserva no hotel, tiveram que procurar outro local para se hospedar.
Cortesia
Os treinos do Brasil em Riad, o primeiro dos quais foi realizado ontem, serão no clube Al Shabab, um dos mais luxuosos do país.
Considerado o terceiro time mais popular da Arábia Saudita, o Al Shabab é treinado pelo brasileiro Mário Juliato, ex-técnico do São Paulo no final da década de 70.
"Pode ter certeza de que faremos tudo o que pudermos para ajudar o Zagallo", disse Juliato, que conta em seu time com dois jogadores brasileiros, os meias Aírton Fraga, ex-Internacional, e Émerson, ex-Goiás.
Cerca de 50 torcedores locais foram ao Al Shabab acompanhar o treino do Brasil.
Logo no início, porém tiveram de sair, pois já eram 17h30 locais, hora de rezar.

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