São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 1997
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Para relator, texto pode ser consertado

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

Ainda comemorando o que considera uma vitória pessoal, o relator do projeto Pelé na Câmara, o deputado Tony Gel (PFL-PE), reconheceu que existe o erro no texto do artigo que trata do direito de preferência.
Mas afirmou que a correção disso não é difícil.
(MD)
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Folha - O que o senhor entende por direito de preferência na renovação?
Tony Gel - Se o clube que mantém o contrato com o jogador apresentar uma proposta igual à de outro, ele tem direito de assinar o contrato, apenas isso.
Folha - Mas o projeto diz que o jogador não pode assinar com ninguém mais, durante três anos, se não renovar com o clube que o revelou.
Tony Gel - Não é isso. A idéia é não permitir que o jogador se recuse a renovar contrato com o seu clube e pouco tempo depois assine com outro.
Folha - Mas o texto aprovado não diz isso. Diz que o jogador fica "preso" se o clube não exercer o direito de preferência. Isso aconteceria, por exemplo, se a proposta do novo clube fosse melhor.
Tony Gel - É verdade, mas o sentido original pode ser corrigido no decreto de regulamentação da lei.
Folha - Mas como a regulamentação pode alterar o sentido do texto da lei?
Tony Gel - Talvez seja necessário alterar isso no Senado. Mas não vai ter problemas.
Folha - Passados quase três meses de tramitação, qual é a sua avaliação?
Tony Gel - Muitas pessoas, inclusive deputados, avaliaram que eu não tinha competência para conduzir esse trabalho. Houve até deputados de outros partidos que queriam a relatoria. Mas mostrei do que sou capaz. Ninguém imaginaria que um projeto polêmico como esse poderia ser aprovado tão rapidamente, ainda mais por unanimidade.

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