São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 1997
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Diretor é fascinado por insetos

ADRIANE GRAU
ESPECIAL PARA A FOLHA,

em Los Angeles
Fascinado por insetos e boas histórias, o cineasta Guillermo Del Toro, 32, estabeleceu-se como herdeiro do gênero que mistura terror e ficção científica com "Cronos", em 1992.
O filme abriu para ele as portas da indústria cinematográfica norte-americana. "Mutação" é o seu primeiro trabalho realizado fora de seu México natal.
Del Toro conversou com a Folha antes da estréia americana do filme, no final de agosto. O diretor revelou que desde criança é fascinado por insetos. "Acho que são seres perfeitos, incansáveis e inspiradores", afirma.
"Gosto de criar imagens estranhas, que não tenham necessariamente algo em comum com a realidade", diz ele. "Acho o máximo quando uma imagem de um filme permanece em sua cabeça mais tempo do que você espera; é como ser contaminado por um vírus."
O diretor afirma que escolheu apenas quatro cores para os cenários e figurinos de "Mutação", num efeito quase monocromático que dá atenção especial ao jogo de claros e escuros. "Sombra tem o mesmo poder que luz", explica.
Para o diretor, os efeitos especiais tendem a receber excesso de atenção nos filmes americanos. "Queríamos que os efeitos ajudassem a ilustrar a realidade em 'Mutação' e não se tornassem uma atração a parte", diz ele.

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