São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
França inicia julgamento de Carlos, o "Chacal"
MARIANE COMPARATO
Também será julgado por tentativa de homicídio contra o comissário Jean Herranz, que sobreviveu ao atentado. O "Chacal" poderá ser condenado a 30 anos de prisão. Há cinco anos, antes de capturá-lo, os franceses condenaram Carlos à prisão perpétua. Illich Ramírez Sánchez -verdadeiro nome de Carlos- nasceu na Venezuela. Seu pai, marxista, incentivou seus estudos em Moscou. Militou, nos anos 70 e 80, em organizações terroristas palestinas. Uma de suas ações bem-sucedidas foi o sequestro de 11 ministros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), em Viena, em 1975. Ele foi preso por agentes de inteligência no Sudão, em 94, e levado para a prisão na França, onde passa os dias deprimido e fumando charutos. A Justiças da Áustria e da Alemanha também já expediram mandados internacionais de prisão contra ele, mas Carlos só poderá ser extraditado para outros julgamentos após cumprir sua pena na França. A advogada de Carlos, Isabelle Coutant-Peyre, tenta invalidar este julgamento, que considera ilegal. "Ele foi vítima de um sequestro da polícia francesa, que não tinha mandato para prendê-lo no Sudão", afirmou. Segundo ela, seu cliente preparou uma declaração que "será interessante para o mundo inteiro". Texto Anterior: Fuga de integrante do IRA causa tensão Próximo Texto: Pai marxista teve influência Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |