São Paulo, sábado, 13 de dezembro de 1997
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À distância

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da República foi visitar Belo Horizonte e, na televisão:
- O esquema de segurança não deixou ninguém se aproximar. As ruas do centro foram tomadas pela polícia. Este parque transformou-se em quartel-general. O destino do presidente, uma serraria, ganhou saídas de segurança. Pedestre, só escoltado. E manifestações à distância.
O vice-presidente da República, por sua vez, visitaria Fortaleza e:
- Tropa de choque cerca sem-terra. Deputados e até padres foram agredidos. Armados de revólveres e bombas de gás, os policiais isolaram os sem-terra. Este padre foi empurrado quando tentava levar comida e água. Um cinegrafista foi agredido. No meio da manhã, mais 150 policiais, para impedir que os sem-terra saíssem em passeata até o novo fórum, a ser inaugurado pelo vice-presidente.
O governo FHC está com medo das ruas.
*
Lula, que agora diz que não "está" e sim "é" candidato a presidente, declarou ontem que seu projeto é organizar os desempregados para:
- Fazer com que os políticos sintam que o desemprego é mais grave do que (números em) pesquisas.
FHC, pelo jeito, para não "sentir" o desemprego, vai precisar de cada vez mais "segurança".
*
O governador Mário Covas, à sua maneira, é outro tucano que saiu a falar contra FHC. Na Globo News:
- É hora de sinalizarmos, para a economia, o fato de que a taxa de juros vai cair... O principal problema é o risco que o emprego corre.
Ou seja, emprego é problema de FHC, sim.
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A Globo deu laconicamente que um desembargador sustou as investigações do "frangogate". E Paulo Maluf não vai mais à delegacia.

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