São Paulo, sábado, 13 de dezembro de 1997
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49 artistas fazem show para BH

PAULO PEIXOTO; CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

As comemorações do dia do aniversário de Belo Horizonte, que ontem completou cem anos de sua inauguração, terminaram à noite com a reunião de milhares de pessoas no centro da cidade para assistir a um show com 49 artistas mineiros.
As principais atrações do show, previsto para terminar no início da madrugada de hoje, eram Milton Nascimento, Flávio Venturini e outros artistas do Clube da Esquina.
Às 18h30, 7.000 pessoas já ocupavam a praça da Estação, onde foi montado o palco. As apresentações artísticas começaram às 14h, em quatro cantos do centro de Belo Horizonte.
A festa prossegue, na manhã de hoje, com o enterro no parque Municipal de um baú metálico, contendo objetos contemporâneos, jornais, depoimentos e registros do aniversário da cidade. Ele será aberto daqui a cem anos.
Cerca de 8.000 pessoas participaram, por volta de 0h de ontem, da contagem regressiva para o aniversário da cidade, realizada ao lado do prédio da prefeitura.
À 0h houve show pirotécnico. Depois foi servido, aos 5.000 presentes à festa, um bolo com cem metros de comprimento. O prefeito Célio de Castro (PSB) chegou com meia hora de atraso.
Pela manhã, 2.500 pessoas assistiram à inauguração do marco cívico do centenário. A Petrobrás patrocinou a construção do projeto vencedor de um concurso realizado pela prefeitura.
A solenidade oficial do centenário, no final da manhã, com a participação do presidente Fernando Henrique Cardoso, excluiu a população belo-horizontina, que não teve acesso às imediações da Serraria Souza Pinto.
O número de policiais espalhados pela área central (cerca de 600) e de manifestantes da CUT (cerca de 120) -que tentaram, sem sucesso, chegar perto do local- foi o dobro dos convidados presentes (cerca de 350).
Segundo o tenente-coronel Severo Augusto, da Polícia Militar de Minas Gerais, a segurança foi planejada pelo Exército.
FHC ficou na Serraria Souza Pinto das 11h50 às 13h05. Ele não teve qualquer contato com a população, mas em seu discurso disse que BH é um "símbolo imbatível" no país, referindo-se à cidade planejada."Belo Horizonte nasceu, talvez, timidamente e, não obstante, poucas décadas depois já participava ativamente como espírito criador, com alguma coisa próxima do modernismo brasileiro."

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