São Paulo, sábado, 13 de dezembro de 1997
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Selo de placa tem de custar menos, diz Secovi

ANA CLÁUDIA LANDI
DA "FOLHA DA TARDE"

O Secovi (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis) acredita que somente a redução do preço do selo do Casa (Centro de Apoio Social e Atendimento do Município de São Paulo) vai conseguir coibir a corrupção que envolve a fiscalização do uso de material de divulgação por imobiliárias.
Reportagem publicada pela "Folha da Tarde" e pela Folha na última quinta-feira revelou o esquema de pagamento de propina para a liberação de placas na cidade. Decreto municipal de 94 autoriza a utilização desse material somente após a compra dos selos.
Segundo a reportagem apurou, fiscais das administrações regionais cobram até R$ 1.500 por mês para que os funcionários da Vigilância Urbana não retirem as placas das ruas.
Válidos por um mês, os selos custam R$ 347,27 por ponto de distribuição de panfletos, R$ 260, R$ 45 por painel e R$ 21,70 por plaqueta.
"O preço é altíssimo. E mais, torna-se abusivo quando levamos em conta que são justamente as empresas pequenas que mais utilizam placas e folhetos", diz o presidente do Secovi, Ricardo Yazbek.
Segundo ele, as grandes construtoras e imobiliárias têm recursos para investir em outras formas de propaganda. "Elas anunciam em jornais e na TV. Não precisam ficar colocando plaquinhas", afirma.
Para Yazbek, essa característica confirma a necessidade de se rediscutir o valor cobrado pelos selos.
"Não podemos ter um pensamento simplista e achar que a melhor forma de combater a corrupção no setor é proibindo a colocação das placas. As pequenas imobiliárias dependem disso para viver", diz.
"No início deste ano, chegamos a discutir o assunto com o então secretário das Administrações Regionais, José Roberto Blum. No entanto, ele acabou deixando o cargo e o assunto foi esquecido."

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