São Paulo, sábado, 13 de dezembro de 1997
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Trem que levita bate recorde de velocidade

DA REPORTAGEM LOCAL; DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um protótipo japonês de trem magnético bateu ontem o recorde mundial de velocidade de trens ao atingir 531 km/h, segundo o Instituto de Pesquisa Técnica em Ferrovias, de Tóquio, Japão.
Os testes foram realizados na pista de Yamanashi, a cerca de cem quilômetros a oeste de Tóquio.
Essa velocidade foi alcançada duas vezes, sendo uma viagem tripulada e outra automática.
O protótipo MLX01, testado ontem, tem três vagões e cerca de 80 metros de comprimento. Em 11 de novembro, ele atingiu 503 km/h.
O recorde anterior de velocidade era de 1979 e pertencia a outro trem magnético. O modelo ML-500, formado por apenas um carro, havia atingido 517 km/h durante testes na pista de Miyazaki.
Entre os trens convencionais, que viajam sobre rodas, o mais rápido é o francês TGV (Trem de Grande Velocidade), que atingiu a velocidade de 515,3 km/h em 1991.
Os trens magnéticos, ou Maglev (abreviatura para "magnetic levitation"), deslocam-se levitando em canais de concreto devido à ação de forças magnéticas.
Bobinas que agem como ímãs, nas paredes desses canais, produzem os efeitos de levitação, direção e propulsão dos trens.
A eletricidade ativa as bobinas, criando forças magnéticas que reagem com potentes ímãs das paredes dos vagões (veja quadro abaixo). Além de serem rápidos, eles não emitem gases poluentes.
No futuro, trens Maglevs deverão fazer o percurso de Tóquio a Osaka em uma hora, a 500 km/h, segundo Hiroshi Nakashima, do instituto ferroviário japonês.
Atualmente, esse trajeto é realizado pelo Shinkansen, o trem-bala japonês, que viaja a 300 km/h.
No Brasil, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) já iniciou a construção do Laboratório de Aplicações de Supercondutores, que deverá desenvolver a tecnologia dos trens Maglev em colaboração com a Alemanha.
"Um trem similar aos Maglev faria o percurso do Rio de Janeiro a São Paulo entre 45 minutos a 50 minutos com segurança e confiabilidade", afirmou Roberto Nicolsky, professor da UFRJ.

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