São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 1997
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Palmeiras enfrenta 'alter ego' hoje na 1ª final do Brasileiro

DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras estará enfrentando um pouco de seu histórico vitorioso esta tarde ao entrar no Morumbi para pegar o Vasco na primeira partida final do Brasileiro-97.
Um estilo de jogo mais tosco, priorização das características defensivas e, principalmente, o atacante Edmundo atuando com a camisa rival.
Estas são algumas das mudanças que diferenciam o atual time daquele que retomou o caminho dos títulos nacionais, em 1993.
Daquela equipe que voltou a ganhar um Brasileiro, após 20 anos de jejum, remanesceram apenas dois jogadores: Zinho e Cléber.
O ataque da equipe de então também estará em campo, mas do lado contrário -Evair e Edmundo. A dupla monopoliza a atenção do time de Luiz Felipe Scolari.
"Sem dúvida, são os dois jogadores que merecem maior atenção de nossa parte. O Edmundo, por exemplo, amadureceu muito em relação àquela época", afirmou o zagueiro Cléber.
"O Evair manteve o ritmo, mas o Edmundo está mais rápido e perigoso", endossa o goleiro Velloso.
Esse perigo pode ser medido por números.
Se em 93 Edmundo foi o artilheiro do Palmeiras, com 11 gols em 19 jogos (o artilheiro do torneio foi Guga, na época no Santos, com 14 gols), hoje ele é recordista da história da competição -marcou 29 em 26 jogos no Brasileiro-97.
O futebol de resultados no atual time pulverizou os gols entre os atletas. Na corrida pela artilharia, Oséas, que ficará no banco, pois se recupera de contusão, lidera com 11 gols em 21 jogos, seguido por Viola, com 9 em 25 jogos.
A diferença da média de gols do time entre 93 e 97, porém, praticamente inexiste. Há quatro anos, foram 40 em 22 jogos -média de 1,81 por jogo contra a atual de 1,84 (marcou 57 em 31 jogos).
Defensivamente, apesar de possuir o setor menos vazado do torneio, os números não apontam evolução do Palmeiras.
Em 93, sofreu 17 gols em 22 jogos (média de 0,77 por partida). Nesta competição, em 31 partidas, tomou 28 gols (média de 0,90).
Eficiência defensiva que garantiu uma campanha, há quatro anos, com apenas duas derrota e seis empates em 22 compromissos.
Atualmente, em número maior de partidas (31), o time contabiliza uma vitória a menos (15), tendo 11 empates e 5 derrotas.
"Não podemos ter vergonha de dar chutão e jogar pelo resultado. O Palmeiras vem jogando desta forma desde o começo do campeonato e não pode mudar agora", encerrou o zagueiro Cléber.

NA TV - Palmeiras x Vasco, às 18h, Globo (menos para São Paulo), Bandeirantes e Sportv

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