São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 1997
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Recesso dá fim de ano 'oposto' a atletas

LUÍS CURRO
DA REPORTAGEM LOCAL

A partir desta terça-feira, o basquete em São Paulo, na reta final dos Paulistas masculino e feminino, pára cerca de três semanas.
Até a segunda semana de 1998, os campeonatos entram em recesso. O motivo, segundo a FPB (Federação Paulista de Basquete), é uma paralisação natural para as festas de fim de ano -Natal e Ano Novo.
Nesse hiato nos Paulistas, atletas vivem situações distintas.
A maior parte dos jogadores aproveitará o período -cada clube deve dar folga de alguns dias no Natal e no Ano Novo- junto à família e aos amigos.
Muitos dos atletas, caso de estrangeiros ou daqueles que defendem equipes longe de sua cidade de origem, agradecem a oportunidade de reencontrar pessoas queridas depois de meses de contato, apenas, telefônico.
Karina, pivô do Data Control/Americana, por exemplo, viajará a Buenos Aires (leia ao lado).
Porém um seleto grupo de 12 jogadores não deixará de praticar o basquete de forma competitiva.
Sob o comando do técnico Hélio Rubens, eles jogarão torneios na Europa, já como início de preparação da seleção brasileira que disputará o Mundial da Grécia em julho do ano que vem.
Muitos deles viverão pela primeira vez a experiência de ter os companheiros de equipe e a comissão técnica no papel de família e de amigos nas festas de fim de ano -casos de Caio Cazziolato, 23, ala do Report/Mogi, e de Demétrius Ferraciu, 24, armador do Marathon/Franca.
"Sempre passo o Natal em Santo André, com minha mãe. Por um lado é triste. porque é uma data importante para estar com a família. Mas pela seleção vale o 'sacrifício', pois é tudo o que o profissional almeja", afirma Caio.
Demétrius concorda: "Será meu primeiro fim de ano longe dos pais, mas levo isso para o lado positivo. São jogos internacionais muito importantes".
Para tornar o momento menos difícil, ambos dizem esperar contar com a colaboração de companheiros mais experientes e que já passaram finais de ano longe da família e dos amigos.
"Passei quatro anos estudando nos EUA, longe de todos, estou acostumado. O que ajuda a suprir a distância é o ambiente e as pessoas que vão estar contigo naquele momento", diz o ala Alexey, 30, que defende o Vasco, do Rio.
A seleção viaja depois de amanhã para Portugal. Joga torneio local entre sexta-feira e domingo. Na semana do Natal vai à Espanha, dos dias 23 a 25. A última parada será a Holanda, de 26 de dezembro a 2 de janeiro. No total, uma "maratona" de 11 partidas em 15 dias.

LEIA sobre as semifinais do Paulista masculino de basquete à pág. 4-15

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