São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 1997
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Contra Austrália, Zagallo exige um time 'ligadão'

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DO ENVIADO A RIAD

Contra a Austrália, no estádio Rei Fahd, na Arábia Saudita, Zagallo quer um time "ligadão".
Irritado com o mau desempenho da equipe no primeiro tempo contra os sauditas, o técnico reuniu os jogadores para saber o que estava acontecendo.
Ouviu respostas como a de Júnior Baiano, que, quando deita na cama, vira para cá, vira para lá, mas dormir que é bom nada. "Só pode ser o fuso (cinco horas a mais que Brasília). Começo a ter sono lá pelas 5h, 5h30 da manhã. Como às 9h a gente desce para o café, depois de uma noite mal dormida, o sono vem na hora do jogo."
Ouviu também respostas como a de Zé Roberto, que reclama da falta do que fazer em Riad. "No hotel, não tem salão de jogos. E o pior, nem dá para ver TV, só tem programa chato, tudo em árabe."
Como passam a maior parte do dia na cama, quando chega a noite ninguém tem sono. "Não dá para ir para o hall do hotel que lota de árabes querendo tirar foto com a gente, não nos dão sossego."
O meia Leonardo garante que o problema não é um possível menosprezo aos adversários. "Falo por mim, mas, sobre essa questão, posso até falar pelo grupo todo, nunca menosprezamos ninguém."
Hoje, porém, Zagallo espera que as coisas sejam diferentes. "O período de adaptação à Arábia já vai ter passado, e o Brasil vai ter que entrar com outro espírito."

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