São Paulo, segunda-feira, 15 de dezembro de 1997
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Briga de galo é coisa de macho

NICIA GUERRIERO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Nas ruas e estradas secundárias há sempre uma gaiola de palha trançada com um galo solitário. Ele fica ali acompanhando o movimento e se acostumando com barulho e agitação, pois um dia ele será colocado em arena para lutar, com dezenas de homens em volta assistindo e fazendo apostas.
À tarde, os homens se reúnem na rua e colocam seus galos para treinar. Os animais lutam desarmados, às vezes um dono esfrega seu galo para deixá-lo mais arisco.
Briga de galo é assunto exclusivamente masculino.
No dia da luta para valer, os galos lutam armados com uma espécie de punhal amarrado ao pé e sempre ocorre derramamento de sangue. Isso tem um sentido religioso. É um meio de aplacar a raiva dos deuses e dos homens.
Embora sejam proibidas pelo governo, as apostas continuam existindo. E essas brigas geram muito dinheiro.
(NG)

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