São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 1997 |
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Quarto-de-milha fatura R$ 8,7 mi em 97
DA REPORTAGEM LOCAL Apesar da crise econômica, a raça de cavalos quarto-de-milha apresentou um movimento de negócios superior ao da temporada de 96.Números da Associação Brasileira dos Criadores da raça, sediada em São Paulo, indicam a realização de 37 leilões, nos quais 1.708 animais trocaram de dono, e um faturamento de R$ 8,7 milhões. Em 96, uma quantia maior de cavalos, 1.748, foi vendida, e a receita ficou abaixo, R$ 8,1 milhões. "Aumentou a arrecadação este ano, apesar da redução de 40 animais", afirma Ovídio Ferreira, presidente da associação. Ferreira afirma que a quarto-de-milha foi a única raça a "andar para a frente" nos 12 meses de 97. "Me aponte outra raça que conseguiu liquidez para tantos animais e ainda não deixou que seus preços baixassem". Entre outros fatores que auxiliaram a quarto-de-milha, Ferreira aponta a versatilidade da raça. O 11º Grande Leilão Velocidade Rancho das Américas, dia 8 de março, obteve o maior faturamento da temporada 97, ao vender 74 lotes por R$ 1,025 milhão. Pouco abaixo ficou o pregão que liquidou o plantel do haras Sudimar. Nele, dia 19 de maio, 44 animais emplacaram R$ 861,3 mil. O terceiro lugar coube ao leilão Shalakô, Prata, Santo Ângelo, realizado em abril, cujo receita por 48 animais atingiu R$ 830,8 mil. Principal média Foi na liquidação do haras Sudimar, no entanto, que a maior média do ano foi alcançada (R$ 19,5 mil). Logo depois aparece o leilão Shalakô, com R$ 17,3 mil. Na terceira colocação ficou o pregão Golden 97. Dia 17 de maio, ele colocou 49 cavalos no mercado à média de R$ 15,4 mil. Segundo Ovídio Ferreira, diferentemente de outras raças equinas, em 97, nenhum pregão importante de cavalo quarto-de-milha foi suspenso ou adiado. Cavalo mais caro O garanhão Return Point, filho de Pivot Point, recebeu o preço de R$ 140 mil de um condomínio de criadores, e foi o lote mais caro da temporada. Já Quinarius Chance, do haras Sudimar, que saiu por R$ 112,8 mil, ficou sendo o segundo animal mais valorizado, seguido por Dash Charge Too, cuja cotação de R$ 91,2 mil garantiu-lhe a terceira colocação no ranking. Segundo Ovídio Ferreira, preços altos por cavalos quarto-de-milha não são mais exclusividade do mercado paulista. "No início deste mês, na Bahia, um leilão vendeu uma égua de corrida por R$ 75 mil", afirma ele. É um leilão de corrida que vai abrir os negócios em 98. Dia 25 de janeiro, no hipódromo de Campo Grande (MS), logo após um páreo que tem dotação de R$ 1 milhão, acontece o 1º Grande Leilão de Potros Geração 96, do qual participam o Rancho das Américas, a Estância Shalakô, os haras Santo Ângelo, Prata e Canarim, mais o criador Marcelo Jorge. Em pista, filhos e filhas de Holland Ease, de Tolltac, de Signed To Fly e de Dash Too. Texto Anterior: Melhora a relação de troca para o milho e a soja com o adubo Próximo Texto: Pastores resistem aos tempos Índice |
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