São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 1997
Próximo Texto | Índice

98 já começou; Um dia a casa cai; Concorrência amigável; Maquiagem policial; Saída federal; Programa de paulista; Calote internacional; Em desvantagem; Chega de apanhar; Sinuca de bico; São Newton de Assis; Desculpa esfarrapada; Contra a parede; Como é bonzinho; Faltou na escola

98 já começou
Por trás do mais recente round entre ACM e Temer, está uma disputa entre aliados. Com a crise entre o senador e FHC por conta do pacote, o PMDB sentiu que tem espaço para articular diretamente com o Planalto. Isso incomoda muito o PFL baiano.

Um dia a casa cai
Covas está de novo uma arara com FHC. Diz que o Planalto discrimina São Paulo. Não gostou de o Banco do Brasil prometer socorro à dupla Maluf-Pitta e de o presidente ter ajudado o Paraná a obter empréstimo contra parecer do Banco Central.

Concorrência amigável
Especula-se que há um jogo casado entre Lula e Sepúlveda Pertence com a finalidade de lançar o maior número possível de candidatos a presidente. O ministro do STF poderia se credenciar junto ao PSB. E, em eventual 2º turno, os dois dariam as mãos.

Maquiagem policial
A polícia de São Paulo diz ser questão de honra prender a "gangue da batida" só para minimizar o problema. Na Secretaria de Segurança Pública, há quem ache que exista bem mais do que um grupo assaltando mulheres que dirigem sozinhas.

Saída federal
FHC deverá prometer a Michel Temer que fará um apelo aos líderes para que haja quórum alto na Câmara em 6 de janeiro, quando deverá começar a convocação extraordinária.

Programa de paulista
Piorou o trânsito na avenida Paulista. Além de lavar o carro no fim-de-semana, o paulistano agora faz fila em congestionamento para ver réplica menor e cheia de luzes da Torre Eiffel.

Calote internacional
O Brasil acabará o ano devendo R$ 70 mi a organismos internacionais. Apesar dos R$ 35 mi previstos para 98, estima-se déficit de R$ 85 mi no ano que vem.

Em desvantagem
De Henrique Alves (PMDB), sobre Temer e ACM discordarem a respeito da data da convocação extraordinária: "Para o Senado, é fácil colocar 15 parlamentares na Casa. Mas a presença de 50 deputados causa uma sensação de vazio na Câmara".

Chega de apanhar
Temer defende pauta enxuta para a convocação extraordinária a fim de mostrar resultado. Viu que não adianta pauta enorme. No final, mesmo tendo votado matérias importantes, a leitura é de que a Câmara fracassou.

Sinuca de bico
FHC disse a Padilha (Transportes) para "fazer o que deve ser feito" a respeito das suspeitas de corrupção no DNER. O problema é que as acusações atingem em cheio a composição interna do PMDB, que permitiu sua indicação para o ministério.

São Newton de Assis
Newton Cardoso (PMDB) não refuga: Maurício Borges é mesmo indicação sua para diretor-geral do DNER. "É a pessoa mais honesta que conheço. Ponho a mão no fogo. Pegou uma carona porque não tem avião. Isso não é pecado." Ah, bom.

Desculpa esfarrapada
Parte do PMDB atribui as acusações de corrupção no DNER a uma briga interna. Mas as acusações envolvem adeptos da aliança com FHC e defensores de candidatura presidencial própria.

Contra a parede
Se depender dos peemedebistas que lotearam o DNER, nenhum de seus afilhados acusados de irregularidades renuncia. Alegam que seria reconhecimento de culpa. Padilha que assuma o ônus das demissões.

Como é bonzinho
José Roberto Arruda (PSDB) diz que não quis ofender Jader Barbalho ao retirar de pauta crédito de R$ 150 mi para Políticas Regionais. Apenas cumpriu acordo com a oposição, com aval do PMDB, para aprovar o Orçamento e 53 outros projetos.

Faltou na escola
Arnaldo Madeira (PSDB) diz que Jader Barbalho (PMDB) só ficou contrariado com o adiamento da votação de R$ 150 mi para a Secretaria de Políticas Regionais por "falta de conhecimento regimental do senador".

TIROTEIO
De Aldo Rebelo (PC do B-SP), sobre a anunciada manobra para evitar a suspensão do jogador Edmundo (Vasco) da decisão do Campeonato Brasileiro de Futebol no próximo domingo:
- É por essas e por outras que o cartola vascaíno Eurico Miranda (PPB) fez tanta questão de tirar o Ministério Público da investigação dos clubes na Lei Pelé.

Próximo Texto: As aparências enganam
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.