São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 1997
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Cinema ganha revista e escola audiovisual

DA SUCURSAL DO RIO

O cinema nacional ganhou ontem dois reforços para a produção. Um é a revista bimensal "Idéia na Cabeça", lançada no Rio. Na mesma ocasião, foi lançado o projeto da escola audiovisual.
A escola é garantida por um convênio entre o SNIC (Sindicato Nacional da Indústria Cinematográfica), a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) e o Senai (Serviço Nacional da Indústria).
A idéia é que vários cursos e oficinas para a formação de mão-de-obra especializada sejam programados de acordo com a demanda dos produtores, explicou a presidente do SNIC, Maria Dulce Continentino. As áreas com a maior carência de mão-de-obra hoje são as de efeitos especiais, sonorização e montagem. Essas informações, segundo Maria Dulce, foram constatadas por uma pesquisa feita pelo sindicato com 200 produtoras.
"Faremos convênios com universidades e vamos convidar técnicos de outros países para os cursos", contou. Ela disse ainda que o projeto vai buscar patrocínio na iniciativa privada.
Já a revista, com tiragem inicial de 3.000 exemplares, traz informações sobre novidades tecnológicas e festivais de cinema no mundo.
O ministro da Indústria, do Comércio e do Turismo, Francisco Dornelles, disse que uma produção anual de mais de cem filmes pode gerar 30 mil empregos. Dornelles esteve na abertura do 1º Encontro do Cinema Nacional com o Mercado Financeiro, realizado ontem, na Bolsa de Valores do Rio.
As atrizes Fernanda Torres e Beth Faria apresentaram cerca de 60 filmes para os potenciais investidores presentes ao encontro. Mais de 80 representantes de empresas e instituições financeiras compareceram, além de artistas, diretores (Neville d'Almeida e Hugo Carvana) e produtores.
Segundo diretor da City Cine, Robert Spindel, especializado em captar recursos pela Lei do Audiovisual, 95% das empresas deixam para pagar o Imposto de Renda no fim do ano. "É a hora que elas investem", disse.
Para o diretor e ator Hugo Carvana, a proximidade física entre produtores e investidores durante o encontro foi "fundamental".

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